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Novo rico? Diretor de futebol do São Paulo fala sobre possibilidade de SAF no clube

Ao lado do presidente do São Paulo, Julio Casares, o diretor Carlos Belmonte fala sobre a possibilidade de SAF no clube. (Foto: Twitter do São Paulo)
Ao lado do presidente do São Paulo, Julio Casares, o diretor Carlos Belmonte fala sobre a possibilidade de SAF no clube. (Foto: Twitter do São Paulo)

A venda da Sociedade Anômima do Futebol é uma realidade para vários grandes clubes no país. A partir da aprovação da Lei do Clube-Empresa no ano passado os clubes se movimentam no sentido de viabilizar a possibilidade de grandes investimentos em reforços, mas também o saneamento das dívidas, que têm sufocado a realidade dos clubes. Entre eles, o São Paulo.

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Depois dos casos bem-sucedidos de vendas de Cruzeiro, Botafogo e, mais recentemente, Vasco da Gama, o São Paulo pode ser o próximo a ficar muito rico. Isso porque o time tem negociado com empresas para virar um clube-empresa. A Sociedade Anônima do Futebol permite que os clubes sejam comprados por empresas dispostas a quitar os débitos e a investir na equipe. Em entrevista ao ge, o diretor de futebol do Tricolor afirmou, no entanto, que este movimento é difícil no clube porque a questão não passaria no Conselho.

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“Do ponto de vista institucional, acho que isso é muito difícil neste momento no São Paulo. Isso não passaria no Conselho. Acho que teria uma dificuldade muito grande. O SPFC não está nessa situação, e aí não vai uma crítica, que estão Vasco, Botafogo e Cruzeiro. Nossa situação é diferente apesar da dívida. Institucionalmente, nem passa em discussão neste instante”, explica o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, sobre a possibilidade do time se tornar um novo rico.

Como funciona a SAF e por que São Paulo está disposto?

A SAF funciona para duas questões basicamente. Primeiro, quitar as dívidas atuais do clube que tem potencial para crescer. Normalmente, executa-se 60% das dívidas em seis anos e em 100% em 10 anos. A ideia é a de substituir o modelo associativo (no qual o São Paulo está incluído) para transformar em empresas privadas.

Desde o final dos anos 2010, o Tricolor acabou se perdendo no caminho e foi sendo ultrapassado por outros clubes mais preocupados em se reestruturar financeiramente para depois disputar títulos. Não é à toa que o Tricolor acabou ficando quase uma década sem conquistar nada. Por isso, o diretor do Tricolor entende que este é o único caminho a ser seguido. Só que não depende só do desejo. É preciso alinhar qual o melhor momento.

“Ao longo dos anos, vai ser inevitável. É o único caminho a seguir. Mas isso é um pensamento meu. Não tem outro caminho para que consiga ter uma situação com dívidas mais tranquilas e investimentos no futebol. Acho que vai ser inevitável. A gente não deve ser o primeiro a entrar e não pode ser o último. Vamos acompanhar. Vai ter um momento em que talvez seja bom para o São Paulo”, disse o diretor são-paulino.