Nação Tricolor no Terra. (Foto: Reprodução)

História do São Paulo Futebol Clube

Conheça
São Paulo precisa voltar a Libertadores no ano que vem. (Fotos: Staff Images / CONMEBOL)
São Paulo precisa voltar a Libertadores no ano que vem. (Fotos: Staff Images / CONMEBOL)

História do São Paulo

CA Paulistano

O São Paulo é dentre os grandes, não apenas o primeiro, como diz o hino tricolor, mas também o mais jovem. Quando criado, o São Paulo levava o nome de Club Athlético Paulistano, e era mais um time amador da cidade.

Super tradicional em São Paulo, na zona mais nobre da cidade chuvosa, o Athlético Paulistano nasceu do desejo da criação de um time totalmente brasileiro e que representasse a cidade de São Paulo. Naquele tempo, o futebol era praticado apenas por clubes gringos, tendo ingleses e alemães como sua maioria.

Com o tempo, o futebol evoluiu. O clube tinha fortes raízes amadoras e negava o “profissionalismo marrom” imposto no começo dos anos 20. Para o CA Paulistano, o jogador deveria vestir a camisa por paixão, por fidelidade, sendo sócio do clube. Ou seja, na prática, deveria pagar ao clube, e não o contrário.

Em 1926 o Paulistano cria a da Liga dos Amadores de Futebol. A liga durou pouco, não podendo enfrentar o dinheiro que “corria por fora” na concorrência e, principalmente, a decisão da CBD de não a reconhecer oficialmente a liga.

Assim, em 8 de janeiro de 1930, o Club Athlético Paulistano, que era o maior clube de futebol da região então vê sua Liga ser oficialmente dissolvida em uma reunião e abandona a modalidade. Nem todos os dirigentes, sócios e jogadores concordaram com a decisão, e os descontentes foram em busca de uma solução junto a outro tradicional clube da capital, a Associação Athlética das Palmeiras.

Nascimento do São Paulo

Em torno de 60 ex-membros do Paulistano, incluindo jogadores, fizeram uma reunião com sócios e dirigentes da AA das Palmeiras. No dia 26 de janeiro de 1930, na Praça da República, era assinada a ata de fundação do São Paulo Futebol Clube.

A ideia inicial era fazer coincidir o nascimento do novo time com o aniversário da cidade como um presente aos cidadãos paulistanos, mas os estatutos não ficaram prontos a tempo. As linhas iniciais desse primeiro documento oficial diziam o seguinte: “O São Paulo Futebol Clube é uma instituição fundada pelos sócios aficcionados do esporte de futebol do Club Athletico Paulistano e pela Associação Athletica Palmeiras, destinada a proporcionar aos seus sócios a prática de todas as modalidades de esporte”.

História do São Paulo

Com isso, o São Paulo ainda herdou o Centro de Treinamento da antiga Associação Atlética das Palmeiras, a chamada Chácara da Floresta.

Primeiros passos

De cara, o Tricolor Paulista venceu o Campeonato Paulista de 1931 em seu segundo ano de existência e conseguiu chegar nas finais de 1930, 1932, 1933 e 1934. Foi também vice-campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1933. Portanto, o São Paulo, clube recém fundado, estava no topo do futebol local.

Clube de Regatas Tietê

O SPFC comprou, então, uma nova e grande sede localizada na Rua Conselheiro Crispiniano. O imóvel era um pequeno palácio conhecido como “Trocadero”, adquirido ao custo de 190 réis.  Essa dívida era grande para a época, porém o clube, detentor de um campo como o da Floresta e um quadro de jogadores que valia muito, não se deixava abalar.

Entretanto, alguns dirigentes andavam descontentes com os rumos do futebol no país e resolveram fundir-se com o Clube de Regatas Tietê, acabando de vez com o departamento de futebol. Outro grupo, favorável à continuidade da esquadra e liderados pelo Dr. Paulo Sampaio, foi à Justiça e em 23 de abril de 1935 e se colocaram opostos ao direito da diretoria de fundir o Tricolor com o Tietê sem que a opinião dos sócios fosse ouvida.

Após a fusão com o CR Tietê, alguns antigos sócios do Tricolor Paulista, inconformados com tudo o que havia acontecido, decidiram restabelecer a equipe de futebol, surgindo assim, no dia 4 de junho de 1935, o Clube Atlético São Paulo. No dia 16 de dezembro de 1935 ressurgiria o São Paulo Futebol Clube, que depois de tantos empecilhos e ressurreições, ganhou a alcunha de “Clube da Fé” do jornalista Tomás Mazzoni.

O São Paulo Futebol Clube recebeu o título de “O Mais Querido” durante o período da era Vargas, no qual eram proibidas as ostentações das bandeiras estaduais. Na ocasião da inauguração do Estádio do Pacaembu, em 27 de abril de 1940, o Tricolor Paulista entrou ostentando o nome e as cores do time, que são as mesmas do estado de São Paulo. O estádio inteiro e os locutores de todas as rádios, revoltados com a censura, se colocaram contra aplaudindo de pé o time que carrega até hoje as cores vermelho, branco e preto.

Década de 40 e Leônidas da Silva

No ano de 1942 tudo mudou para o São Paulo, com a negociação mais cara do futebol na época, Leônidas da Silva. Ele foi contratado para que o clube conquistasse seu segundo título paulista. Na reunião que iria definir o calendário do Paulistão de 1943 na sede da Federação Paulista, um dirigente do Corinthians disse que o encontro não era necessário, pois ao lançar uma moeda no ar, o campeão seria definido, se desse cara o campeão seria o Corinthians e se desse coroa, o Palmeiras.

Ao ser questionado sobre o São Paulo pelo representante tricolor, o dirigente respondeu que se a moeda parasse em pé o campeão seria o São Paulo, e ainda brincou, dizendo que se parasse no ar a campeã seria a Portuguesa.

Até aquele ano o Tricolor era tratado com um time mediano que não rivalizava com os times da Capital. Dessa maneira se iniciou o campeonato, com o São Paulo disposto a quebrar a hegemonia de Corinthians e Palmeiras. Até que no último jogo, contra o Palmeiras, o São Paulo segura um empate sem gols e conquista o título no ano em que a moeda caiu em pé.

A partir daquele ano, o São Paulo empilhou cinco títulos na década de 40, com o Estadual de 1943, e os bicampeonatos de 1945, 1946 e 1948, 1949.

Década de 50

No ano de 1950, o ídolo do clube, Leônidas, se aposentou. Com isso um movimento começou a ganhar força para a construção de um estádio. Então a agremiação sanou suas dívidas e partiu em busca de um terreno para a construção.

No terreno da área do que é hoje o bairro do Jardim Leonor, na região do Morumbi, a pedra fundamental foi lançada e em 1953 teve início a construção do estádio, com o futebol sendo colocado a segundo plano. Mesmo assim, o clube conseguiu os Paulistas de 1953 e 57.

Década de 60 e inauguração do Morumbi

Em 1960 o Estádio Cícero Pompeu de Toledo, mais conhecido como Morumbi, foi parcialmente inaugurado, de modo a aumentar a arrecadação do clube. Com todos os esforços sendo desviados para o estádio ainda inacabado, a equipe de futebol ficou o período entre 1957 e 1970 sem conquistar títulos oficiais.

Anos 70 e fim do jejum

Após a inauguração total e completa, em 1970, é que os títulos voltaram para o lado tricolor. O São Paulo sagrou-se campeão Paulista dos anos de 1970, 1971 e 1975, fora o inédito Título do Campeonato Brasileiro de 1977.

Brasileirão de 77

Nas semifinais, um confronto inesperado: São Paulo x Operário de Campo Grande. Morumbi lotado (recorde de público do clube até hoje em jogos pelo Brasileirão: 109.584 pessoas), pressão e jogo apertado até os 32 minutos do segundo tempo, quando Serginho inaugurou o placar. A partida acabou 3 a 0 a favor do Tricolor. Com a boa vantagem acumulada, a derrota fora de casa por 1 a 0 no jogo de volta não atrapalhou.

5 de março de 1978, Mineirão fervendo com 102.974 pessoas e o Atlético Mineiro decidindo o título em sua casa, pelo fato de ter melhor campanha nas fases anteriores. Os mineiros subiram ao campo e foram surpreendidos pela postura dos jogadores tricolores, que tiveram as melhores chances durante o jogo: Viana acertou o travessão durante o tempo regulamentar e o zagueiro Márcio salvou em cima da linha um cabeceio de Chicão, na prorrogação.

A partida terminou empatada e foi decidida nos pênaltis. Getúlio, ex-jogador do Atlético, passos lentos e firmes, toque forte na bola e a defesa de João Leite. A decisão não começara bem para o Sâo Paulo. O Mineirão parecia explodir. Toninho Cerezo foi colocar o Galo a frente, mas também errou. Veio então Chicão, que acabou escorregando. João Leite defendeu novamente.

Ziza abriu o marcador para o time de Minas. Peres empatou. Alves recolocou o Atlético na liderança do placar. Antenor, na sequência, acertou o gol para o Tricolor. Se Joãozinho Paulista marcasse o seu, seria muito difícil recuperar. Waldir Peres então se destacou. Herói, quando o adversário ajeitou a bola, deixou sua meta e foi até ele, tirou a bola do lugar e o provocou verbalmente. Pressionado, Joãozinho isolou a bola.

Bezerra marcou o seu, elevando a tensão. Vez de Márcio bater, apoiado por mais de cem mil vozes aos gritos de “Galô, Galô, Galô”. Lá então Waldir Peres, de novo, foi aprontar com o jogador mineiro, que ficou desconcertado, veio o chute, chute alto, acima do goleiro, acima do travessão, para fora. O São Paulo assim se sagrava Campeão Brasileiro pela primeira vez. A primeira de muitas de um dos maiores campeões da história.

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Década de 80

A década de 1980 se inicia com o bicampeonato paulista de 1980 e 1981. Em 1984 o time forma os chamados Menudos do Morumbi, com a liderança do técnico Cilinho, em alusão à banda porto-riquenha Menudo, com vários jogadores vindos da base, entre eles Müller. Com esse time conquista-se o bicampeonato brasileiro em 1986 e os Paulistas de 1985 e 87. Já sem os “Menudos”, o clube ganha o Paulista de 1989.

Bicampeão Brasileiro em 1986

O que valeu para os Menudos naquela temporada foi o Campeonato Brasileiro. Agora sob a batuta de Pepe, o time se mostrou insuperável, só vindo a conhecer a derrota na 17ª rodada. Avançando para as fases finais, deparou-se com o Fluminense nas quartas.

 Digno de nota foi o espetacular gol de Careca, com a bola batendo no travessão e na trave antes de sacudir as redes. Na Semifinal, deixou para trás o América-RJ, que havia superado o Corinthians. A decisão seria contra o Bugre campineiro.

Em uma partida eletrizante contra o Guarani, em um jogo de 6 gols, onde o Tricolor buscou o empate no fim da prorrogação. Mais uma vez tudo seria decidido nos pênaltis. Boiadeiro e Careca perdem suas cobranças. Em seguida, João Paulo também erra e os demais anotam os seus. A vitória estava nos pés de Wagner Basílio, que chutou mal, fraco, mascado. Os locutores já gritavam “Fora!”, mas foi gol! A bola entrou mansamente e descansou junto às redes laterais.

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Década de 90

Em 1990 o São Paulo começa mal e coube a Telê Santana recuperar o time. Já em 1991 o time vence o Paulista e o tricampeonato Brasileiro. Logo após, conquista o bicampeonato da Copa Libertadores da América em 1992 e 1993 e o bicampeonato do Mundial de Clubes também em 1992 e 1993. O São Paulo levou ainda o Paulista de 1992, a Supercopa Libertadores de 1993, as Recopas Sul-Americanas de 1993 e 1994, a Copa Conmebol de 1994, a Copa Master da Conmebol de 1996 e o Paulista de 1998.

Tricampeonato Brasileiro

Com a chegada de Telê, o time foi ajustado. Raí passou a se impor em campo. Zetti foi efetivado no gol, Cafu enfim encontrou o seu espaço. Leonardo se transformou em um excelente lateral e Ricardo Rocha voltou. Rapidamente a equipe emplacou. No Brasileirão de 91, superou o Atlético-MG e chegou à decisão (pela 3ª vez consecutiva) contra o surpreendente Bragantino.

Com a vantagem do empate nas mãos do time de Bragança, o São Paulo necessitava a todo custo vencer o jogo sob seu mando. Em 5 de junho, uma quarta à noite, com um gol sofrido, aguerrido, de Mário Tilico, o São Paulo reverteu sua desvantagem, vencendo por 1 a 0.

No interior, em um estádio acanhado e com o gramado castigado, agora o empate era Tricolor. Telê fechou o time Tricolor destacando Zé Teodoro para a lateral direita. Ao mesmo tempo fortaleceu o ataque ao avançar Cafu para a ponta. Teve grandes chances de marcar e praticamente não correu riscos, salvo aos 33′ do segundo tempo, quando o atacante do Bragantino furou, cara a cara com o gol.

Fim de jogo. O São Paulo sagrou-se Tricampeão Brasileiro! Telê Santana era novamente campeão.

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Libertadores de 1992

Clima de Libertadores. Centenário cheio e Zetti expulso. O jovem goleiro Alexandre (que infelizmente pouco tempo depois faleceria em um acidente de carro) toma seu lugar e salva a vitória Tricolor, 1×0. No jogo de volta, fáceis 2×0. Nas quartas-de-final, novo “clássico” contra o Criciúma. Macedo marcou o único gol do Tricolor nos dois confrontos. Como não sofreu nenhum, o São Paulo avançou à semifinal, quando eliminou o Barcelona do Equador, com 3×0 em São Paulo e derrota por 0x2 em Guayaquil.

A finalíssima, contra o argentino Newell’s Old Boys, do técnico Marcelo “El Loco” Bielsa, foi ao estilo Brasil x Argentina. Catimbada e emocionante. No primeiro jogo, derrota pelo placar mínimo. A confiança estava no Morumbi. 17 de junho, 105.185 pessoas dentro do estádio, outras 15 mil nos arredores e milhões país à fora.

Massacre do início ao fim, mas, mesmo após tanto martelar a defesa argentina, inclusive com lance salvo em cima da linha -, o tempo regulamentar termina com o mesmo placar do jogo de ida. 1×0. Gol de Raí, após pênalti de Gamboa em Macedo. Como de costume nos grandes títulos são-paulinos, a decisão viria nas penalidades máximas. Com uma linda defesa de mão trocada, Zetti garantiu o primeiro título da América do Tricolor.

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Mundial de 1992

O adversário do Tricolor seria o blaugrana Barcelona, campeão europeu e bicampeão espanhol, detentor de uma legião de craques, cujo principal expoente era o búlgaro Stoichkov. Regido por Johann Cruijff, o maestro da Laranja Mecânica holandesa de 1974.

O São Paulo não esmoreceu, partiu para o ataque e criou grandes oportunidades. Aos 27 minutos, Müller driblou Ferrer duas vezes, pela esquerda, e cruzou para Raí, que de barriga somente encostou para as redes. 1×1! Logo após, o humilhado Ferrer se redime e salva gol certo de Müller em cima da linha.

Raí rolou a bola para Cafu, que a aparou, deslocando-a da barreira para que o camisa 10 são-paulino chutasse com categoria por cima da linha de defensores. Em uma curva para a direita, perfeita, a bola cai abruptamente e descansa, enfim, no fundo das redes. O goleiro nem se mexe. Já Raí sai correndo em direção ao Mestre Telê. Gol!!! O gol do título mundial.

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Libertadores de 1993

Nas quartas-de-final, confronto caseiro contra o Flamengo. 1×1 no Maracanã, e 2×0 no Morumbi, com 97 mil pagantes. Da mesma maneira, o Cerro Porteño, de Gamarra, Arce e do técnico Carpegiani, não foi páreo. Superados por 1×0 em casa e 0x0 fora.

A finalíssima seria contra o Universidad Católica, do Chile, que eliminara o favorito América de Cali. Contudo, as surpresas pararam por aí. Em casa, o Tricolor proporcionou a maior goleada da história das finais da Libertadores até hoje.

5×1, fora o baile. Gols de López, contra, Vítor, Gilmar, Raí e Müller. Especial menção também a Zetti, que realizou uma série memorável de 4 defesas seguidas. Fim de jogo, ao técnico chileno só restou aplaudir: “O São Paulo é um time de mestres, uma equipe iluminada”. Posto isto, pouco importava o jogo de volta.

https://www.youtube.com/watch?v=GF9GtnCdMxw

Mundial de 1993

O Mundial Interclubes seria decidido contra o poderoso, quase mítico, Milan. Não fosse por um caso de corrupção envolvendo o clube campeão europeu, este jogo teria sido contra o Olympique de Marseille. Mas quis o destino que as maiores forças do futebol no período se encontrassem no Estádio Internacional, naquele santo dia 12 de dezembro de 1993.

André Luiz, marcado por dois, acerta um lançamento para Cafu no outro lado do campo. A bola quica, se amacia na medida certa, e então o lateral, de prima, cruza para a área, onde a redonda encontra os pés do camisa 9, Palhinha. Destino? O fundo do gol. Aberto o placar, 1×0 São Paulo!

Os Milanistas reagem somente no segundo tempo. Aos 3 minutos, empatam, com Massaro. Sem mudar seu padrão de jogo, o Tricolor novamente contra-ataca. 14 minutos, Palhinha encontra Leonardo livre pela esquerda, que dribla e toca para Cerezo, dentro da pequena área, concluir. 2×1, Tricolor!

Não se sabe, pois aos 41 minutos veio a prova definitiva de que, se existe uma força maior no universo, ela era São Paulo Futebol Clube naquele dia. Müller, em jogada despretensiosa, ao saltar para escapar de um choque contra o goleiro, tocou de calcanhar, no gol “de costas” mais importante da história são-paulina! Costacurta, o zagueiro italiano que marcara o atacante durante toda a partida, assistiu incrédulo à comemoração. Esse aí não deve ter reencontrado o rumo de Milão tão cedo.

https://www.youtube.com/watch?v=iL4sKuZ3uag

Década de 2000

Tendo êxitos no Campeonato Paulista de 2000 e no Rio-São Paulo de 2001, o time parecia engrenado, mas foi somente com uma reformulação no elenco que conquistou, em 2005, o Campeonato Paulista, o tri da Libertadores e o Mundial da FIFA. Após essa conquista o desmanche no elenco foi inevitável.

Libertadores de 2005

Há exatos 15 anos, o São Paulo goleava o Athletico-PR no segundo jogo da final da Copa Libertadores e conquistou a América pela terceira vez. Foi a primeira vez que um clube brasileiro conseguiu este feito. Mais de 71 mil torcedores estiveram no Morumbi naquela noite de 14 de julho de 2005 e viram Rogério Ceni erguer o troféu após os gols de Amoroso, Fabão, Luizão e Diego Tardelli. O Tricolor venceu a partida por 4 a 0 e voltou a conquistar o título após o sucesso que teve com Telê Santana em 1992 e 93.

O primeiro jogo da final da Libertadores é motivo de reclamação por parte dos athleticos até os dias de hoje. Pelo regulamento da competição, apenas estádios com capacidade para mais de 40 mil podiam receber jogos das finais. A Arena da Baixada, na ocasião, tinha capacidade de 24 mil torcedores. O clube paranaense até chegou a colocar arquibancadas provisórias, mas a Conmebol decidiu por levar o jogo para o Beira-Rio, em Porto Alegre.

Grafite, Falcão e Michel foram trocados por Amoroso, Roger e Michel no mata-mata da Libertadores, mas marcaram seus nomes na história do clube como campeões da América.

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Mundial de 2005

No dia 18 de dezembro de 2005, Rogério Ceni teve uma exibição de gala no Estádio Internacional de Yokohama, no Japão, e foi eleito o melhor jogador da competição. Amoroso foi o artilheiro do São Paulo no Mundial, com dois gols marcados. O brasileiro terminou a competição artilheiro ao lado de Álvaro Saborío (Saprissa), Mohammed Noor (Al-Ittihad) e Peter Crouch (Liverpool).

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Durante os anos de 2006, 2007 e 2008 o time tentou a conquista da América novamente, mas sem sucesso. Então coube à equipe se esforçar para a conquista de um feito inédito no futebol nacional, o tricampeonato brasileiro consecutivo na era dos pontos corridos, nos mesmos anos. Sob o comando do técnico Muricy Ramalho.

Década de 2010

Sul-Americana 2012

Assim como aconteceu na Argentina (0 x 0) durante todo o jogo no Brasil os argentinos abusaram de condutas antidesportivas. Ao final da primeira etapa, já na saída para o vestiário, o clima esquentou e os argentinos tentaram agredir os são-paulinos. Na sequência arrumaram confusão com a polícia e com seguranças do clube ao tentar invadir o vestiário adversário e depois não quiseram voltar para o campo alegando insegurança.

O trio de arbitragem esperou o quanto pode, mas o Tigre não voltou para o gramado. Dessa forma, o São Paulo foi decretado o campeão da Sul-Americana de 2012 e a festa tomou conta do Morumbi. Jogadores, membros da comissão técnica, dirigentes e torcedores festejaram com muito orgulho a conquista da inédita taça para o clube.

Herói da conquista intitulada de ‘El Campeón Volvió’, Lucas partiu para o velho continente e foi defender as cores do clube PSG com a certeza de que a alegria do torcedor estava assegurada. A festa na capital paulista marcou a excelente campanha da equipe, que sequer foi vazada no Morumbi durante o torneio.

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Após a conquista da Sul-Americana, o São Paulo amargou anos sem levantar um título. No ano de 2021, com a contratação do treinador Hernan Crespo, o tricolor voltou a levantar um caneco, dessa vez, o Paulistão, em cima do seu rival Palmeiras.

Paulistão 2021

Após bater o Palmeiras na final, o São Paulo é o campeão paulista de 2021. O Tricolor derrotou o Palmeiras por 2 a 0, no Morumbi, na tarde deste domingo, e volta a levantar uma taça após quase nove anos de seca. No estadual, a fila era ainda maior, de 16 longos anos.

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