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São Paulo no Paulistão: Árbitra admite erro em pênalti sobre Luciano e depressão após lance

Luciano, do São Paulo, é derrubado pelo goleiro Giovanni na área, mas não tem pênalti marcado. (Foto: Twitter do São Paulo)

A árbitra Edina Alves, do quadro da FIFA, apitou a histórica final do Brasileirão feminino conquistada pelo Corinthians, com equipe de arbitragem totalmente feminina. Mas, ela voltou ao noticiário também por uma entrevista concedida ao UOL sobre um erro que poderia ter marcado sua carreira em jogo do São Paulo.

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O Tricolor estava invicto no Paulistão e foi a Novo Horizonte para enfrentar o Grêmio Novorizontino pela quarta rodada do campeonato. Na oportunidade, Edina não apitou um pênalti claro em Luciano cometido pelo goleiro Giovanni, nos minutos finais da partida.

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Durante a entrevista, a árbitra lembrou que naquele período tinha descoberto um câncer de sua mãe, de 64 anos. O linfoma descoberto antes da partida acabou abalando Edina. Passados seis meses, ela lembra o lance e diz que foi instruída pelo VAR a deixar o jogo seguir.

“Eu não vi. Falei para o VAR que estava em dúvida porque não tinha conseguido enxergar. Ele me disse que não havia sido pênalti, e eu segui”, relembra. Ao chegar no vestiário ao fim da partida, ela reviu o lance por meio de um vídeo no celular. “Ali, desabei. Falei para meus colegas: ‘Eu errei, foi pênalti’. Eles tentaram me consolar dizendo que o VAR havia me dito que não. Mas eu estava vendo no vídeo, foi pênalti, sim. E eu não dei”, disse Edina Alves ao UOL.

Ela destaca que ficou deprimida durante meses e que recorreu à terapia para se recuperar e esclarece que logo após a partida pediu desculpas aos jogadores do São Paulo.

“Esse lance me machucou. Fiquei deprimida, em uma fossa absurda por meses. Precisei de terapia para me recompor daquele dia, e essa é a primeira vez que falo sobre isso abertamente. Foi um erro inadmissível, eu me posicionei mal e não consegui ver. Não gosto de errar, ainda mais desse jeito. Assim que encontrei os jogadores do São Paulo, depois do jogo, pedi desculpa. Mas foi bastante difícil lidar com isso”, concluiu Edina, que apita jogos pela CBF desde 2007.