Ídolo do São Paulo, Kaká explica relação com clube: “Cheguei ao topo do mundo”

Aniversariante da semana, Kaká é considerado ídolo da torcida do São Paulo sem ter conquistado grandes títulos pelo clube. Melhor do Mundo em 2007, o jogador foi o entrevistado desta segunda-feira no PodPah. Durante o bate-papo, o ex-meia afirmou que fica feliz pelo fato de pertencer e sentir-se reconhecido pelos torcedores.

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Na estrenvista, Kaká disse que se identifica com o Tricolor e que a questão é muito mais institucional do que por conquistas. Ele lembrou o início de sua trajetória na base do clube e todo o processo de transição até se tornar um jovem promissor.

“Falo sempre: As pessoas me consideram ídolo do São Paulo mais por conta institucional do que conquista. Porque eu não conquistei grandes coisas no São Paulo. Eu fico muito feliz, porque eu consegui desvincular o fato de ser reconhecido como ídolo do clube por conquistas e títulos. Me identifico com o clube, cresci lá, cheguei no topo do mundo pelo São Paulo. Esse vínculo institucional é realmente muito forte. Sou muito feliz por fazer parte da história desse clube”, disse Kaká em entrevista ao PodPah.

Kaká lembra como saiu do São Paulo

Kaká lembra o momento no qual sentiu que era hora de sair do São Paulo. O ex-jogador afirmou que participou de uma competição pela Seleção Brasileira e que quando retornou ao clube estava sendo contestado pelos torcedores são-paulinos por conta de uma eliminação da Copa do Brasil.

“O timing que eu saí já era num momento em que eu era contestado pela torcida, foi uma eliminação da Copa do Brasil que o torcedor são-paulino achou que eu poderia ter feito um pouco mais. Teve uma contestação de parte da torcida. E eu voltei de uma Copa Ouro com a Seleção Brasileira que era só Sub-23 nos Estados Unidos e no México que foi muito bom para mim. voltei bem valorizado. Quando voltei da Seleção bem valorizado e desvalorizado no clube também foi um momento de falar que era propício para eu sair”, disse Kaká sobre saída do São Paulo para o Milan.

Na entrevista, Kaká lembrou como foi a negociação para deixar o São Paulo rumo ao Milan. Ele disse que tinha o grande sonho de atuar por um grande clube europeu e que a proposta do time Rossonero era irrecusável, tanto que abriu mão dos 15% a que teria direito, como era a legislação na época.

“Eu joguei com o Leo (atual diretor de futebol do PSG), que era lateral e meia. Quando ele vira diretor do Milan, a primeira contratação foi essa. Disse que ‘tem um moleque lá no São Paulo’ e já tinha criado uma história, costurado com meu empresário. Vem o Milan e faz uma proposta oficial. Foi a deixa que eu precisava. Já não estava boa a situação com o São Paulo. Cheguei no presidente, Marcelo Portugal na época, disse ‘você está vendo minha situação no clube e meu sonho é jogar num grande clube europeu e essa proposta do Milan para mim é irrecusável’. Ele falou: ‘olha, o valor não é o que a gente gostaria e você vai ter que abrir mão dos 15% que tem a receber’. Então, não tem problema. Abro mão até por gratidão ao São Paulo”, explicou Kaká.