Depois de um tempo sem aparições públicas, o coordenador de futebol do São Paulo voltou a conceder entrevistas. Muricy Ramalho ficou próximo de sair do Tricolor, no final do ano passado, no fatídico caso do áudio vazado no dia seguinte à rodada final do Brasileirão. O ídolo, no entanto, decidiu ficar e fez, assim como Rogério Ceni, um voto de confiança de que 2022 seria um ano melhor.
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Em entrevista a Cléber Machado, no podcast ‘Hoje Sim’, Muricy explicou porque defendeu a contratação de Rogério Ceni em outubro, quando o São Paulo demitiu Hernán Crespo e se via às voltas da zona do rebaixamento. O coordenador de futebol explicou que o fato de tê-lo visto trabalhar no Fortaleza fez a diferença.
“Ali eu vi de perto a diferença de quando ele começou e como ele pensava futebol. Que tipo de treinador ele ia ser. Falei pra ele (na contratação): ‘Não estou te contratando porque você é ídolo do São Paulo. Estou te contratando porque eu vi de perto lá, eu fui lá ver você trabalhar”, disse Muricy Ramalho em entrevista ao podcast ‘Hoje Sim’.
Além disso, Muricy explicou que os times davam abertura para o quadro que ele apresentava, no Globo Esporte, da TV Globo. E que um dos lugares onde foi, no Fortaleza, foi possível ver como Ceni se preparava para lidar com todos os compromissos que o clube tinha. Isso fez a diferença na escolha.
“Quando eu fazia aquele Muricy Visita, na Globo, ia entrevistar os técnicos, eles me davam abertura, eu ia. Fui pra Fortaleza ver o Rogério, entrevistar ele o dia todo, ver o dia a dia. O que me interessava era o dia a dia, como ele se preparava, como lidava com o time, com o ambiente”, explicou o coordenador de futebol do São Paulo.
Muricy admite parcela de culpa em trabalho de Crespo no ano passado
O coordenador de futebol do São Paulo fez um mea-culpa com o trabalho de Hernán Crespo no ano passado. Para Muricy, o trabalho no São Paulo em 2021 tinha a dificuldade da falta de dinheiro e também a falta de opções no banco para mudar a cara do jogo.
“É muito difícil fazer o trabalho que nós estamos fazendo. É um trabalho sem nada, sem dinheiro. É dificílimo isso. A gente, pra negociar, é só com jogador que tá livre. A gente convence o cara que a nossa camisa é importante, que vamos melhorar o time. O Rogério tem mais opções do que ano passado. Hoje ele pode olhar pro banco e trocar o time. Ano passado nem ele nem o Crespo tinham opções”, explicou Muricy Ramalho.
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