Os sócios do São Paulo derrubaram a tentativa de reforma no estatuto do clube, com mudanças como o aumento no mandato dos conselheiros e do próprio presidente, Julio Casares. Para o jornalista Arnaldo Ribeiro, o resultado negativo se deve ao fato do mandatário querer dar uma canetada, sem tratar as mudanças de forma natural.
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Durante participação no podcast Posse de Bola, do UOL, Arnaldo diz que a forma como a reforma foi mal trabalhada pela forma como foi conduzida.
“Essa derrota da gestão Casares deve-se muito à precipitação de uma situação que pretendia em uma canetada uma aprovação de diversas mudanças estatutárias de diferentes formas, a que chama mais a atenção sempre é a reeleição do presidente ou a extensão do mandato do presidente e acho que isso foi muito mal trabalhado”, diz Arnaldo Ribeiro durante análise no programa Posse de Bola, do UOL.
O jornalista diz ainda que a rejeição à proposta não demonstra resistência. Mas sim um ponto que os sócios não representam o São Paulo ou mesmo a torcida como um todo. Apenas são um fragmento de um time gigante.
“Se queria ter a reeleição, como tem em quase todos os clubes brasileiros de futebol e em todo o sistema eleitoral brasileiro, que tratasse de uma forma diferente, para o próximo mandato ou no pleito anterior. Em dezembro de 2020 a gente estava tendo eleição no São Paulo, ali poderia ser discutido. Não acho uma demonstração de resistência, o SPFC de 1.300 pessoas é muito pouco, os sócios do SPFC não representam, o conselho não representa de forma alguma e os sócios do São Paulo não representam a torcida, representam um fragmento da torcida do Tricolor, que é grande, a terceira maior do país e tem de novo uma falta de representatividade gigante”, diz Arnaldo.
São Paulo poderia se organizar para dar direito ao voto dos sócios-torcedores
Na visão de Arnaldo Ribeiro, o Tricolor precisaria ampliar o colégio eleitoral nas eleições e permitir a participação de sócios-torcedores nas votações. Ele, porém, entende que isso não é pensado pela diretoria.
“Agora o passo que essa diretoria poderia dar, não acredito, lamentavelmente, seria justamente dar força e tratar com muito carinho a comissão que estuda a inclusão de um maior colégio eleitoral nas eleições do São Paulo, tratando de sócio torcedor e de outros torcedores, isso seria uma vitória do SPFC e dessa direção, que até agora tem se preocupado muito com ela mesma e pouco com o clube no geral”, conclui.
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