Campeão olímpico com o Brasil em Tóquio depois de derrotar a Espanha, André Jardine foi técnico do time profissional do São Paulo entre o final de 2018 e o início de 2019, quando foi eliminado para o Talleres na pré-Libertadores e foi demitido. O comandante da Seleção Brasileira olímpica destacou a passagem no Tricolor como frustrante. Para ele, a falta de tempo foi crucial para o trabalho curto.
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“Se cobra de um treinador que em dez jogos revolucione o elenco e um jeito de jogar, que era antagônico até àquilo que eu gostaria naquele momento. É meio ser cruel achar que o treinador é mágico e não treinador. O treinador para incutir uma cultura de futebol no clube ele precisa de tempo, respaldo, jogadores às vezes, uma reformulação no elenco capaz de entregar jogadores com características com aquilo que ele quer e nada disso foi me dado”, disse Jardine em entrevista ao podcast Sexta Estrela.
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O técnico do Brasil nas Olimpíadas acrescentou que a meta de chegar à Libertadores foi indigesta e que o colocaram num momento em que o São Paulo enfrentava times complicados.
“No São Paulo me foi dado um rabo de foguete, em um final de Brasileirão com a meta de chegar na Libertadores com jogos contra times que brigavam para não cair. Vasco fora, Chapecoense fora, Sport em casa. Jogos sempre com a corda no pescoço”, explicou.
Por fim, Jardine avaliou que a pressão por resultados imediatos e o intervalo curto sem jogos pesou para sua demissão. Isso porque ele sequer levou o time à fase de grupos da Libertadores.
“Depois um início de Paulista, com uma pré-Libertadores jogando quarta e sábado desde a primeira semana minha no profissional. Foi impressionante, não tive a sorte de ter uma semana cheia em nenhum momento. Nem sequer treinar o time eu pude. E foi muito claro que a gente tinha que passar na pré-Libertadores. Aí a gente pega na pré-Libertadores um time argentino que muita gente desmerecia, mas eu fui um dos que quando vi jogar falei que ia dar trabalho. O treinador é muito bom e hoje todo mundo está reconhecendo agora no Fortaleza, que é o Vojvoda”, concluiu.
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