Nacao Tricolor
O cara do São Paulo na temporada tem nome e sobrenome: Jonathan Calleri. Assim como foi no Majestoso do Brasileirão, no ano passado, o centroavante argentino foi às redes logo de cara e foi o artilheiro único da partida que terminou 1 a 0 no Morumbi, com enorme público. O Tricolor bateu o Corinthians pelo Paulistão e deu enorme passo para se classificar às quartas de final já neste final de semana.
Técnico do Corinthians elogia São Paulo e apimenta Majestoso: “Não queria falar do adversário”
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Em jogo bastante disputado desde o primeiro minuto, o São Paulo fez uma atuação consciente, capaz de bater de frente contra um dos grandes times do país e venceu de novo. O Corinthians, na estreia de Vítor Pereira, demonstrou boa qualidade no primeiro tempo. O desempenho caiu na etapa final.
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Depois de quase 10 minutos de atraso por conta da forte chuva que caiu no Morumbi, a bola rolou e já foi parar na rede de Cássio. Com 52 segundos, Rodrigo Nestor foi ao fundo pela direita, cruzou por baixo e Calleri, livre, ajeitou e bateu firme por baixo. Festa nas arquibancadas. 1 a 0.
A pressão inicial serviu para dar a vantagem, claro, mas sobretudo elevar a confiança diante de um adversário que vem embalado e motivado pela estreia do técnico português. Mas o Tricolor articulou bons lances pela direita principalmente, com Rafinha, Gabriel Sara e também Eder. Mas foi mais um jogo de mais dedicação sem bola do que exatamente de muito volume de jogo no ataque.
Enquanto isso, o Corinthians mostrou qualidade para rodar a bola na frente e gerou muita dificuldade no setor de Rafinha. Willian estava desequilibrando naquele lado. Curiosamente, a melhor chance surgiu pela direita, no cruzamento de Fagner para a finalização de primeira de Paulinho. A bola foi no poste aos oito minutos.
Logo em seguida, Tiago Volpi fez um milagre após um cruzamento de Lucas Piton. Róger Guedes bateu cruzado e o desvio de Arboleda fez a bola ir no contrapé de Volpi, que voltou a tempo de salvar.
Depois desses dois lances, o Corinthians teve volume, rondou a área, mas não mais incomodou Volpi até o intervalo. A marcação estava bem encaixada por Rogério Ceni, com Rodrigo Nestor de olho em Renato Augusto e também atento para iniciar a distribuição das jogadas. Fez um grande jogo e quase deixou a sua marca em finalização da entrada da área. Cássio salvou.
São Paulo se fecha, Corinthians muda taticamente, mas não reage no Morumbi
O São Paulo se manteve forte na postura defensiva e com encaixes ainda mais claros de marcação. Nestor foi até onde deu na parte física e fez um senhor jogo no meio-campo. O time se abriu menos justamente por ter a vantagem no placar e empurrou para o Corinthians a responsabilidade de criar espaços.
O Corinthians, por sua vez, mudou a questão tática. Nos últimos 20 minutos, atuou com três zagueiros, com Gil, João Victor e Bruno Melo, a partir das alterações de Vítor Pereira. O comandante português alterou colocando Mosquito aberto como ala pela direita e Willian espetado na ala-esquerda. Jô virou o nove, mas praticamente não teve chances de finalizar.
Com o passar do tempo, o Corinthians passou a errar muitos passes na intermediária ofensiva, principalmente porque Willian, o principal jogador do time no primeiro tempo, cansou e não teve companhia. Tiago Volpi não precisou trabalhar nos 45 minutos finais.
As mudanças de Rogério Ceni, no São Paulo, foi mais voltadas para melhorar a questão física da equipe. Colorado elevou a altura do time enquanto Gabriel Neves reforçou a marcação na entrada da área.
E assim se manteve o tabu de praticamente cinco anos sem que o São Paulo seja derrotado pelo Corinthians, no Morumbi. Desde o Paulistão de 2017.
São Paulo 1 x 0 Corinthians: Morumbi – Paulistão
São Paulo: Tiago Volpi; Rafinha, Arboleda, Léo e Welington (Diego Costa); Pablo Maia (Andrés Colorado), Rodrigo Nestor (Gabriel Neves), Igor Gomes e Gabriel Sara; Eder (Juan) e Calleri (Rigoni). Téc.: Rogério Ceni
Corinthians: Cássio; Fagner, Gil, João Victor e Lucas Piton (Bruno Melo); Du Queiroz (Victor Cantillo); Paulinho, Giuliano (Jô), Renato Augusto e Willian; Róger Guedes. Téc.: Vítor Pereira
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