Nacao Tricolor
Havia cinco anos em que o São Paulo na sabia o que era vencer o Santos na Vila Belmiro. A então última vitória no San-São contra o rival desta noite e a vitória de hoje tem um personagem em comum: o técnico Rogério Ceni à beira do gramado. Com propriedade, no melhor jogo da temporada até aqui, o Tricolor bateu o Peixe por 3 a 0.
Peso do San-São: São Paulo e Santos disputam clássico para mudar rumo da temporada
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Durante a semana, Paulo Vinicius Coelho chegou a comparar a estratégia do São Paulo à do Manchester City enquanto proposta de jogo. Disse, no entanto, que faltava executar melhor. Pois um dos gols do San-São lembrou muito a forma como o time de Pep Guardiola costuma envolver seus adversários. Troca de passes de pé em pé até chegar no gol.
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No primeiro clássico do ano, o São Paulo mantém a toada de 2021 e vence o Santos, com autoridade. Um alento para um time que vinha sofrendo para construir seus placares no Paulistão.
Primeiro tempo de muita discussão e gol de Eder abre vantagem para São Paulo
A árbitra da partida, Edina Alves, teve trabalho para controlar os nervos e ânimos dos atletas no primeiro tempo na Vila. Desde a primeira fase, os jogadores estavam dispostos a tentar ganhar as disputas no grito. Mas ninguém foi amarelado.
Enquanto o São Paulo tinha dificuldades para sair jogando porque o Santos subia a marcação e apertava, o Peixe explorava o lado direito do ataque com o jovem Ângelo. Ele levou vantagem nos duelos individuais com Reinaldo.
Só que, diferentemente do jogo de quinta-feira, o São Paulo teve um pouco mais de velocidade para chegar à frente. Havia espaço. Como no lance que terminou no gol de Eder. Jogada rápida pela esquerda, o ítalo-brasileiro combinou com Alisson e inverteu o lance. No lado direito, Nikão ajeitou o corpo e descolou uma assistência na cabeça do atacante ítalo-brasileiro. Testada longe de João Paulo. 1 a 0 aos 21 minutos. Havia 22 jogos que o jogador não sabia o que era marcar.
Em seguida, o Santos passou a apertar e a, principalmente, buscar as jogadas individuais para entrar na área. Foram pelo menos duas tentativas de ganhar um pênalti na malandragem. No lance mais polêmico, Ângelo foi desarmado por Reinaldo, em um carrinho por trás. A arbitragem mandou seguir.
Segunda etapa mais competitiva e letal do São Paulo
Na volta do intervalo, o técnico Rogério Ceni fez uma alteração crucial no desenrolar do jogo. A entrada de Léo fez com que o Peixe perdesse a superioridade no setor direito de ataque com Ângelo. Assim, o time da Vila praticamente nada criou. E se complicou na defesa.
O São Paulo mostrou empenho para recuperar a bola, tanto que terminou o jogo com mais desarmes (11 contra 10) e foi letal ao chegar mais à frente. Sem precisar ditar tanto o ritmo do jogo com a bola nos pés, mas trabalhando bem com Pablo Maia na saída, desafogando os lances. E Gabriel Sara sendo o cérebro do time.
Aos 20 minutos, um golaço! Troca de passes que começou no campo de defesa, com a bola passando por zagueiros e meias. Até Alisson receber pela esquerda e conectar um belo passe para Gabriel Sara dividir com Bauermann e a bola entrar aos 20 minutos.
Cinco minutos depois, o São Paulo ampliou o marcador. Com muito espaço para chegar, Rodrigo Nestor foi até a entrada da área e arriscou de canhota no canto esquerdo baixo do goleiro. Sem chances.
Assim como o Peixe não teve chances de sequer descontar o marcador. Um time que demonstrou fragilidade no aspecto coletivo para lidar contra um rival e não deu respostas no segundo tempo na primeira adversidade. O próximo técnico terá muito trabalho.
Santos 0 x 3 São Paulo: Vila Belmiro
Santos: João Paulo; Madson (Marcos Guilherme), Kaiky, Bauermann e Lucas Pires; Sandry (Lucas Barbosa) e Camacho (Pirani); Ângelo, Ricardo Goulart (Vinícius Zanocelo) e Lucas Braga (Rwan); Marcos Leonardo. Téc.: Marcelo Fernandes
São Paulo: Jandrei; Igor Vinícius (Rafinha), Diego Costa, Miranda e Reinaldo (Léo); Pablo Maia, Gabriel Sara, Igor Gomes (Rodrigo Nestor); Nikão (Marquinhos), Eder (Calleri) e Alisson. Téc.: Rogério Ceni
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