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São Paulo vende Marquinhos por “preço de banana” e tenta mudar política de contrato com jovens de Cotia

Marquinhos estreou pelo São Paulo em 2021. (Foto: Twitter do São Paulo)
Marquinhos estreou pelo São Paulo em 2021. (Foto: Twitter do São Paulo)

O São Paulo aceitou a proposta do Arsenal, da Inglaterra, pelo jovem Marquinhos, de 19 anos, para vendê-lo agora, diante de um erro de contrato que deixou o clube de mãos atadas. Acontece que há uma divergência entre o que o futebol brasileiro e a FIFA aceitam como prazos máximos em relação ao primeiro contrato profissional de quem vem da base.

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Enquanto que no Brasil são aceitos contratos de cinco anos, a FIFA só reconhece três anos. Por isso, o Tricolor ficou sem ter o que fazer no caso de Marquinhos. Ou aceitava os 3,5 milhões de euros oferecidos pelos Gunners (cerca de R$ 18,4 milhões) ou ficaria sem receber nada.

Em julho, o contrato de Marquinhos chegaria ao terceiro ano. Ou seja, perante à FIFA, Marquinhos estaria livre para fechar contrato com o clube inglês sem precisar dar satisfação ao seu clube-formador. O atleta sequer será relacionado para o jogo de amanhã (15) contra Cuiabá pelo Brasileirão.

Durante live realizada ontem no YouTube, o jornalista Arnaldo Ribeiro afirmou que o receio fez as negociações acelerarem. Ele explicou, no canal Arnaldo e Tironi, como se deu todo o imbróglio jurídico e como a questão foi sacramentada nesta sexta.

“A situação do Marquinhos… Ele é um jogador da base, e são vários, que tinha o primeiro contrato de profissional com cinco anos de duração. O contrato dele vai até 2024. Os contratos de formação de cinco anos de duração são válidos no Brasil, mas a FIFA não reconhece. A FIFA põe o limite de três anos, por conta da Lei Bosman e tudo mais. O São Paulo durante muito tempo, na gestão anterior, confeccionou, inclusive na base, contratos de cinco anos, para evitar sobretudo transações internas que aconteciam antes do cara estourar. Tinha uma justificativa interna porque a multa para o mercado interno, nem o Flamengo contrataria, nem o Palmeiras nem o Atlético. Porém, para o mercado externo não era reconhecido. E para o mercado externo o contrato estouraria em julho, os três anos. Aliás, foi logo depois daquele jogo em que o Crespo fisgou o Marquinhos, ninguém sabia o porque, o São Paulo a partir daí sempre quis renovar e o staff do jogador não queria”, disse Arnaldo em live no canal Arnaldo e Tironi.

Rogério Ceni diz que não conhece contexto de venda de Marquinhos no São Paulo

Questionado sobre a possibilidade de perder Marquinhos neste momento da temporada, Rogério Ceni disse não conhecer o contexto da venda de Marquinhos, mas revelou ter ouvido falar de “erro contratual”.

“Marquinhos ouvi dentro do CT alguma coisa que teria erro contratual, que teria uma chance de pegar um dinheiro neste momento, mas também não sou conhecedor da história”, disse Rogério Ceni na última quinta-feita depois da vitória contra o Juventude.

Ceni, então, perde uma opção de velocidade para o ataque na temporada. E por enquanto vai repor, se for o caso, com algum atleta da base.