Renato Celestrino
A classificação do São Paulo para a final da Copa do Brasil ajudou financeiramente. Os mais de 62 mil são-paulinos presentes no Morumbi fizeram a renda do clássico engordar os cofres do Tricolor em R$ 8,5 milhões. Além disso, o clube já garantiu pelo menos mais R$ 30 milhões, caso seja vice-campeão.
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Mas a vitória representa muito mais do que só isso. A noite emblemática de 16 de agosto de 2023 traz de volta o respeito que o São Paulo merece. Desacreditado nos últimos anos, em uma fila de títulos de quase 11 anos (sem contar o Paulista de 2021), o time chega a uma final de Copa do Brasil eliminando dois rivais na sequência, e sendo superior nas quatro partidas.
Estive no Morumbi e nunca vi uma festa e torcedores tão apaixonados em quase 25 anos que frequento o Cícero Pompeu de Toledo. A recepção do ônibus com a delegação foi a maior de todos os tempos.
A permanência de jogadores importantes, a pedido de Dorival Júnior, fez com que o elenco Tricolor continuasse competitivo. Nas temporadas anteriores, onde o clube também enfrentava dificuldades financeiras, muitas joias de Cotia deixavam o São Paulo sem render esportivamente o que podiam.
A chegada de Lucas Moura e James Rodríguez faz, de fato, com que o tri mundial tenha chances claras de finalmente ser campeão da Copa do Brasil. Os reforços e a grande procura por ingressos para o Majestoso fez com que o número de Sócios-Torcedores aumentasse em quase 35% em menos de um mês.
Junto a isso, o Morumbi está em seu ano recorde de público e arrecadação. As cifras de premiações, da venda de ingressos e ações de marketing devem fazer com que o São Paulo feche a temporada com um faturamento além do esperado – sem ter que se desafazer de atletas importantes para o coletivo.
Com o apoio maciço do torcedor, um time organizado e treinado por Dorival Júnior, lideranças no grupo como Lucas Moura, Rafinha e Calleri e possíveis títulos o resultado é um São Paulo Futebol Clube cada vez com menos dívidas, se ‘desfazendo’ menos de promessas e brigando mais por troféus.
Que o trabalho do treinador e dos jogadores seja premiado com, pelo menos, um título nessa temporada. Antes de pensar no amanhã, é preciso garantir o hoje.
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