Nacao Tricolor
Foi o melhor jogo do campeonato até o momento. Pena que a vitória acabou sendo do Red Bull Bragantino em partida com duas viradas e sete gols contra o São Paulo. Em partida de muita trocação no Nabi Abi Chedid, o Tricolor sofre a segunda derrota e emplaca o pior início de ano nos últimos 25 anos. Resultado de 4 a 3 para o Massa Bruta.
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O pior é que além de amargar mais uma derrota a pressão sobre Rogério Ceni aumenta. Embora, no computo geral, o resultado tenha sido bastante cruel pelo que o Tricolor produziu. Tudo isso fica em segundo plano porque, de fato, o início de Paulistão do clube está muito abaixo da crítica.
Primeiro tempo de controle do São Paulo, mas vacilos custam muito caro
A escalação levada a campo por Rogério Ceni teve novidades em todos os setores e principalmente uma característica particular no meio-campo. Três jovens jogadores: Rodrigo Nestor, Talles Costa e Gabriel Sara. Atletas capazes de dar andamento ao jogo e intensidade, algo que tem faltado no início da temporada.
O primeiro tempo do São Paulo não foi ruim. Como tem sido praxe, o time controla o jogo a partir da posse de bola. Só que, desta vez, os erros custaram caro. Miranda, por exemplo, errou pelo menos três saídas. Em um desses erros, Artur interceptou a bola, invadiu a área e bateu no contrapé de Tiago Volpi.
Incrível como Artur tem estrela diante do São Paulo. Nos últimos três anos, ele sempre deixou sua marca contra o Tricolor. Foi um prêmio para a postura do Massa Bruta que subiu a marcação e deu trabalho para a saída de bola.
Apesar da desvantagem, o Tricolor não esmoreceu. Tentou se manter no campo ofensivo, com Alisson bastante participativo de novo e a movimentação não só dele como de Gabriel Sara e Rigoni (este um pouco abaixo da média tecnicamente falando).
E foi o camisa 12 quem empatou. Após cruzamento da direita, Miranda escorou de chapa e Alisson mandou para a rede. Houve a checagem do VAR antes da confirmação.
O time segue com posse de bola elevada (foram 63% na primeira parte), mas sem ter muitas ferramentas para chegar à frente. E novamente desajustado atrás. Aderlan enfiou um bolão já entrada da área, Hyoran escorou de cabeça e Alerrandro bateu cruzado de canhota. 2 a 1.
São Paulo melhora, vira e sofre a virada
O segundo tempo foi simplesmente alucinante. Muito porque o São Paulo se abriu e foi com tudo em busca do empate. Com Igor Gomes na vaga de Talles Costa.
Conseguiu mais do que só o empate. Virou o jogo em cinco minutos. Primeiro com a boa jogada armada por Gabriel Sara e o passe para Rigoni. Ele ajeitou, cortou e bateu firme. Cleiton espalmou na trave e Igor Vinícius, no rebote, de carrinho, empatou a um minuto.
Aos 7, a virada. Com outra jogada articulada pela esquerda. Rigoni tirou o cruzamento e Calleri conferiu de cabeça. Era a esperança de algo melhor. Porque foi o primeiro momento de claro domínio do Tricolor em campo.
Encontrando a velocidade pelos lados e também as triangulações pelos lados. O time estava bem. Só que Rogério Ceni tentou mudar o ataque.
As alterações, porém, só vieram quando o Red Bull Bragantino já havia empatado. Com um baita golaço de Hyoran. Tapa no ângulo de Tiago Volpi aos 17.
Em seguida entraram Nikão e Marquinhos. A velocidade que se prometia em campo acabou não rolando com o empate. Então, o jogo se equilibrou de novo.
No final, o jogo acabou pesando para o time da casa. Porque Hyoran foi o melhor jogador em campo. E porque ninguém encostou nele na hora de cruzar e encontrar um ex-São Paulo na área: Gabriel Novaes. Tapa no canto de Volpi. Nova virada.
São Paulo acaba sendo derrotado pela segunda vez no campeonato e vai ficar quase uma semana sem atuar. Vai ter muito o que pensar até o confronto contra o Santo André no meio de semana que vem.
Red Bull Bragantino 4 x 3 São Paulo: Nabi Abi Chedid
Red Bull Bragantino: Cleiton; Aderlan (Hurtado), Fabrício Bruno, Léo Ortiz e Luan Cândido; Eric Ramires, Praxedes (Luciano) e Hyoran (Bruno Tubarão); Artur, Alerrandro (Gabriel Novaes) e Helinho (Sorriso). Téc.: Maurício Barbieri
São Paulo: Tiago Volpi; Igor Vinícius, Arboleda, Miranda e Reinaldo; Rodrigo Nestor, Talles Costa (Igor Gomes (Gabriel Neves)), Alisson (Nikão) e Gabriel Sara; Rigoni (Marquinhos) e Calleri (Eder). Téc.: Rogério Ceni
Confira os melhores momentos da partida:
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