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OPINIÃO: Torcedor do São Paulo que defende #ForaCeni é maluco e pressão deveria ser em outro alvo

Rogério Ceni é técnico do São Paulo e Casares, presidente do clube. (Foto: Twitter do São Paulo)
Rogério Ceni é técnico do São Paulo e Casares, presidente do clube. (Foto: Twitter do São Paulo)

Por Fábio Dias*

Para começar a primeira coluna do Nação Tricolor, gostaria de escrever que torço para o São Paulo desde que me entendo por gente. E mesmo antes de aprender a ler e a escrever já amava as três cores e o coração de cinco pontas. Isso já faz quase três décadas.

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Por isso, me sinto à vontade para afirmar que o torcedor são-paulino que defende o #ForaCeni é maluco. O maior ídolo da história do clube não pode ser massacrado por situações em que ele acaba sendo mais vítima que causador do problema. O M1TO tem os seus erros, como qualquer outro técnico. Por ser ídolo e estar disposto a ajudar o clube no momento mais sombrio de sua história, merece ser analisado com maior parcimônia. O alvo deveria ser Julio Casares, aquele que fala e não faz.

Rogério Ceni é técnico do São Paulo e Casares, presidente do clube. (Foto: Twitter do São Paulo)
Rogério Ceni é técnico do São Paulo e Casares, presidente do clube. (Foto: Twitter do São Paulo)

São Paulo foi vice duas vezes em 2022 e poderia chegar mais longe

Os dois vice-campeonatos do São Paulo neste ano doeram muito. E nos dois Rogério Ceni teve a sua parcela de culpa. Como afirmei acima, ele não é imune a críticas. Fez bobagem ao tentar administrar o resultado contra o Palmeiras no Allianz Parque (arena onde o time não costuma ir bem) na final do Paulistão, sem os dois melhores defensores disponíveis, sentados no banco de reservas: Miranda e Arboleda.

E poderia ter recorrido aos três zagueiros também contra o Independiente del Valle em Córdoba. Mas ali foi mais uma questão coletiva em que praticamente todo mundo esteve mal na final da Sula.

Rogério Ceni levou São Paulo à final do Paulistão e da Copa Sul-Americana em 2022. (Foto: Twitter do São Paulo)
Rogério Ceni levou São Paulo à final do Paulistão e da Copa Sul-Americana em 2022. (Foto: Twitter do São Paulo)

O meu ponto é o seguinte: o São Paulo chegou onde chegou também por méritos de Ceni. Passou apuros no Brasileirão, porque não teve condições de matar jogos em que jogou melhor que os adversários. E mesmo sem ter peças que ele mesmo disse serem fundamentais para mudar o estilo de jogo. Realmente o time era previsível em vários momentos. É um ponto.

“O ponto”, no entanto, é que as críticas precisam ser direcionadas à diretoria “liderada” por Julio Casares. O cara que fala, fala e fala. E muitas vezes não cumpre o que diz. Protelou por quatro vezes o pagamento dos jogadores – direito trabalhista é inegociável. Não pagou. As notícias desta semana indicam que ele quer virar o ano com tudo saldado – algo em torno de R$ 6 milhões. Duvido que cumpra. Administrativamente, o Tricolor está uma zona há tempos.

Se a torcida do São Paulo, a terceira maior do país, fizesse tanta pressão em Julio Casares como faz barulho nas redes sociais contra Rogério Ceni, talvez o atual presidente do clube parasse de falar e começaria a agir. Ano que vem acaba o primeiro mandato dele – que trabalhou muito para ter o direito a reeleição e ajudou a mudar o estatuto. Por que isso passa batido? Os erros de Ceni (que não são poucos) são fichinha perto disso.

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