Por José Robson
O torcedor do São Paulo que viu a montagem do elenco em janeiro passava raiva imaginando escalações, como encaixar certas peças e como fazer o time funcionar, principalmente pela baixa técnica de alguns jogadores. Agora em agosto, a dor de cabeça é muito melhor, como escalar tantos jogadores de qualidade juntos, como ter um tine funcional sem abrir mão de nenhum jogador, inclusive aqueles que vivem ótima fase.
Você conhece o YouTube do Nação Tricolor? Clique aqui e inscreva-se no canal
Com as chegadas de James e Lucas, Dorival precisa achar uma forma de escalar o quarteto James, Lucas, Luciano e Calerri, ou uma forma de tirar um deles sem que crie algum tipo de problema. Pensando no Flamengo de 2022 treinado por Dorival, é bem fácil imaginar que o treinador vai conseguir repetir um quarteto fantástico aqui no São Paulo, algo que esbarra nas limitações e características dos nossos jogadores.
Flamengo tinha Everton Ribeiro, Arrascaeta, Gabriel e Pedro formando o ataque, mas o que ninguém lembra são as funções que cada um exercia, principalmente o Everton Ribeiro.
Minha análise passa pela necessidade de termos um time funcional que ataque e defenda, no Flamengo, Dorival conseguiu fazer isso graças a Everton Ribeiro que virou um operário da bola e se destacou mais pelo trabalho defensivo, cobrindo a deficiência defensiva dos outros três jogadores de frente. Everton foi um faz tudo, na defesa e no ataque, o sucesso do Flamengo passa por isso.
Olhando o nosso quarteto qual jogador se sacrificaria pelo coletivo? Não imagino nenhum dos quatro se sacrificando e dando maior importância a defesa do que ao ataque, principalmente porque estamos falando de três atacantes e um meia ofensivo, nenhum tem essa característica.
Infelizmente só vejo uma forma do São Paulo jogar hoje, e nela não vejo o tal quarteto. No time ideal eu tiraria Luciano, e usaria James, Lucas e Calerri na frente, usando Nestor ou Alisson como mais um homem de meio-campo, na vaga do Luciano.
Dor de cabeça do São Paulo pensando na final da Copa do Brasil
Mas ai vem a dor de cabeça, como sacrificar o jogador símbolo do time nesses últimos anos? Jogador que inclusive vem performando bem e decidindo.
As opções são muitas, a realidade é cruel, e a dor de cabeça é certeza. Lidar com estrelas é complicado, lidar com estrelismo é difícil, e quando falamos em sacar qualquer jogador do time hoje corremos o risco de ter problemas no vestiário.
A dor de cabeça vai além do campo, e por isso agradeço por não ser Dorival Júnior, pois não teria capacidade para decidir e nem para gerir o elenco nesse momento, a dor de cabeça com que ele lida para mim seria a certeza do meu fim.
No final das contas a preocupação com os excessos são melhores do que a preocupação com a falta, preocupação essa que hoje não existe no São Paulo. Temos qualidade técnica e principalmente tática.
Melhor deixar a dor de cabeça para o comandante, e aproveitar o momento do clube. Mesmo sabendo que minha opinião é mais uma dentre tantas, tenho a certeza que assim como eu, todos as opiniões são pelo melhor do time, e se tudo der certo a opinião que importa, a opinião do Dorival será a correta. Que ele tome o melhor remédio para essa dor de cabeça: a decisão certa.
Veja mais notícias do São Paulo, acompanhe os jogos, resultados e classificação além da história e títulos do São Paulo Futebol Clube.