Um dos desfalques na partida de ontem pelo São Paulo, o meio-campista Luan deve perder toda a reta final da temporada do Brasileirão. O jogador teve uma avulsão tendínea do músculo adutor da coxa esquerda. Um nome incomum no futebol que representa uma grande dor de cabeça para o atleta e para o clube.
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Luan não teve reserva imediato no São Paulo. Tanto que Liziero, que é um segundo homem de meio-campo, atuou na função no duelo contra o Ceará. E o desfalque do camisa 13 do Tricolor deve ser por um bom tempo.
Nágela Freitas, especialista em Ortopedia e trauma da Unifesp, fez uma explicação mais detalhada da região do adutor da coxa para explicar o que aconteceu com Luan.
“Os músculos adutores da coxa são um grupo de cinco músculos na parte interna da coxa, que tem origem a partir da virilha e que se estende até o joelho. Normalmente, no esporte, uns 90% das vezes, o músculo lesionado é o adutor longo. Então essa região do púbis é o centro do corpo e acaba sofrendo com sobrecarga e movimentos repetitivos”, explica Nágela em seu Twitter.
A especialista avaliou porque a lesão de Luan é tão grave. Segundo Nágela, trata-se de uma lesão incomum e de difícil recuperação.
“O que acontece que a lesão dele é tão complicada? Não estou falando de uma lesão muscular comum. É uma lesão tendínea. Pior. Uma avulsão tendínea. Pensem assim. Temos um músculo e o tendão. E ele está ligado ao osso. É o que conecta. Quando tem essa ruptura, esse tendão solta e traz um pedacinho do osso. Por isso, avulsão. Quando se apalpa a região, se sente até um espaço. Por isso é tão complicada de se tratar”, contextualiza a especialista.
Nágela avalia também o tempo estimado de retorno. A notícia não é boa para Luan nem para o São Paulo, porque a lesão pode demorar até 10 semanas para recuperação completa. Ou seja, ele perderia todo o Brasileirão.
“Resumindo se eu tenho várias lesões adutoras, que não são tratadas de forma completa ou não tem uma completa recuperação, aquele tendão pode realmente ficar mais frágil com o passar do tempo. Na literatura, não tem nada muito detalhado sobre o tempo de retorno. Depende da evolução do jogador. Mas a média é de oito a 10 semanas”, explica Nágela.
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