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“Ele fez isso, +1 revelação”: Fábio Luciano solta ‘podres’ de Ceni após pressão no São Paulo

Foto: Reprodução/ESPN - Ex-zagueiro contou situações dos tempos de Cruzeiro envolvendo o técnico do São Paulo.
Foto: Reprodução/ESPN - Ex-zagueiro contou situações dos tempos de Cruzeiro envolvendo o técnico do São Paulo.

Mesmo bancado pela diretoria do São Paulo, Rogério Ceni vive um momento conturbado, sendo muito criticado pelos torcedores e podendo ser demitido caso resultados ruins voltem a acontecer. O início do Brasileirão deve ser extremamente decisivo para o futuro na carreira do técnico.

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A questão é que os problemas causados pelo técnico não ocorreram apenas no Tricolor. Em entrevista ao ESPN.com.br, Fábio Luciano relembrou conversa que teve com jogadores do Cruzeiro no período em que o comandante passou pela equipe de Belo Horizonte, gerando reações.

“Eu tinha muitos amigos que jogavam no Cruzeiro naquela época, o Dedé, o Edilson, o Egídio. Eu tive uma conversa com os jogadores do Cruzeiro na época. O Rogério tinha pouco tempo de clube, existia um desgaste muito grande com as lideranças do Cruzeiro, o dia a dia era muito complicado. Falei com todos eles, todo mundo junto, como se fosse uma reunião, porque estava me incomodando um clube como o Cruzeiro, com o elenco que tinha, tinha sido campeão, passar por uma situação daquela. Porque isso se reflete muito em ambiente”, disse.

“O Cruzeiro tinha vários problemas, a gente conversou sobre tudo. Salário atrasado, premiação, relacionamento de diretoria, não era só o Rogério, tanto que culminou no rebaixamento do clube. E a gente acompanhou tudo que aconteceu. E eu pensava: por que esses caras não estão rendendo? Eu tive a curiosidade de entender o que estava acontecendo. A relação não era boa. Tinha um desgaste com as lideranças, a maneira como eram tratados alguns jogadores, o Rogério questionava a idade dos caras, que tinha que rejuvenescer o time, que tinham caras que jogavam muito mais com o nome do que com a capacidade. Eu acho que o Cruzeiro foi uma bomba relógio, administrativo, mas também uma questão de campo”, completou, deixando claro que o técnico errou com Marcos Paulo.

“É um processo de aprendizado. Você erra em um clube, depois tem outra chance em outro. Futebol é isso, gestão humana, sempre aprendendo. Tenho certeza que o Diniz, naquele episódio com o Tchê Tchê aprendeu. Eu acho que o Rogério não aprendeu. Eu respeito demais o Rogério como atleta e como treinador, ele fez um programa com a gente, eu fiquei abismado com o interesse dele em estudar, disse que não repete treinamento. Ele é um cara muito perfeccionista. Mas além disso, tem que ter a gestão humana, tem que saber lidar, entender a personalidade de um jogador, tem jogador que você vai apertar muito que ele vai te entregar, outro que não pode. Isso é relação humana. Você conduz o grupo de uma forma geral, mas as personalidades de forma diferente”, afirmou.

O Rogério teve um problema no Cruzeiro. Vai no Flamengo, você escuta algo sobre isso. Agora, tem esse episódio no São Paulo. Com relação ao Marcos Paulo, o Rogério errou para caramba. Você pode cobrar, faz parte cobrar, mas tinha que ser uma conversa individual, minha opinião. Expor o problema em grupo para passar o que está acontecendo. Mas a preocupação é particular. ‘Aconteceu esse problema com o Marcos Paulo que eu não gostei, acho que não é correto, a gente é um grupo, temos que tomar cuidado com o que a gente curte na rede social, o que vamos falar em uma entrevista’. Isso de forma geral. Agora, quando você vai cobrar o homem, porque é uma questão de homem, depende da palavra que você usa, é questão de homem para homem”, acrescentou.

Status de ídolo pode atrapalhar Ceni no São Paulo, disse o ex-zagueiro:

“Tem muito isso, ele se sente respaldado por ser o maior ídolo da história. Não sei se não fosse o Rogério se continuaria no São Paulo, se seria mais cobrado. Ele está sendo cobrado agora. É algo que ele construiu, respeito demais, ninguém te dá história. Ele construiu a história ali. Acho que você tem que separar a relação do atleta para o treinador. O que você construiu como atleta vai te respaldar sempre como treinador, como dirigente para sempre? Não vai, são resultados que você vai ter que comprovar com o seu trabalho, avaliou.

“Mas ainda assim eu acho que ainda parte de um processo de aprendizado. O Marcos Paulo também vai aprender com o que ele fez, na hora que ele for curtir alguma coisa, vai pensar duas vezes. E o Rogério também vai aprender na condução. Porque esse problema, junto com resultados ruins, gera um desgaste dentro do elenco. Os jogadores acabaram indo para o lado do Marcos Paulo, o que poderia ter sido evitado, finalizou.