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Em entrevista, Lugano explica bronca do VAR: “Não foi para trazer justiça, e sim um ato político”

Lugano falou sobre a má fase do São Paulo antes de jogos decisivos. (Foto: Reprodução/Flow Sport Club)
Lugano falou sobre a má fase do São Paulo antes de jogos decisivos. (Foto: Reprodução/Flow Sport Club)

Nesta sexta-feira, o ídolo do São Paulo, Diego Lugano, foi o entrevistado do Flow Sport Club. Entre as falas sobre sua passagem pelo Tricolor e em relação à Seleção do Uruguai, Dios explicou porque tem tanta bronca do VAR.

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De acordo com Lugano, a ideia do VAR, na teoria, é boa. Mas a implantação causa dúvidas. Para sustentar sua opinião, o ex-capitão da Celeste Olímpica explicou que o surgimento da ferramenta aconteceu um ano depois do escândalo de corrupção dentro da FIFA, em caso conhecido como o Fifagate.

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“Agora todo mundo dá razão a mim. O problema é entender a lógica e entender o futebol. Quem esteve dentro e nos bastidores. Imagina três Eliminatórias como capitão, Libertadores. Jogar no Brasil, na Turquia e no Paraguai vocÊ entende que é um mundo complicado. Enfim. A ideia até que é boa, mas a implantação não só não é boa como me causa dúvidas sobre a real intenção do VAR. Só para você entender: o VAR foi implantado em 17, um ano depois do FIFAgate, quando um escândalo de corrupção de patrocinadores, de imagem. A FIFA precisava de algo para, ‘opa’, vamos começar a fazer a coisa correta: algo para trazer justiça. Então não foi algo para trazer justiça. Foi um ato político. Este é o ponto de partida”, explica Lugano durante participação no Flow Sport Club.

Para Lugano, há um business muito grande em relação ao VAR. E quanto há muito poder em jogo, a possibilidade de intervencionismo é maior.

“Há um business muito grande por trás. Cada jogo custa R$ 40 mil, com duas televisões e dois microfones para ver as jogadas em câmera lenta. Multiplica isso em todo o mundo. Quem tem o direito disso? Quem tem acordo para comandar o VAR? Então gera muito dinheiro. Depois, obviamente a corporação da arbitragem gera cinco, seis, sete empregos mais a ex-árbitros. Mas quem paga isso? Ou seja, isso dá muito mais possibilidade de intervencionismo. Na história da humanidade, o humano é muito débil em relação ao poder. Quando gera poder, o homem se perde no caminho”, explica Lugano.