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Em artigo, Crespo revela conversa com Tite, que explica por que disputa Copa América: “Respeitar sonho”

Crespo conversa com Tite, técnico da Seleção Brasileira, no CT da Barra Funda. (Foto: Twitter do São Paulo)

A Seleção Brasileira recentemente treinou no CT do São Paulo na Barra Funda e permitiu que o técnico do São Paulo, Hernán Crespo, conversasse com Tite, treinador do Brasil. Em artigo assinado no jornal La Nación, da Argentina, o comandante Tricolor revelou o papo que eles tiveram.

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De acordo com Crespo, Tite mostrou um descontentamento com a disputa da Copa América no país. A princípio, a competição seria disputada na Argentina e na Colômbia. No entanto, a pandemia do novo coronavírus fez os argentinos desistirem de sediar a competição, enquanto que os colombianos passam por um problema políticos por conta das reformas tributárias.

Mas, segundo Crespo, Tite e os jogadores decidiram atuar no torneio por respeitar a camisa da seleção. Embora, o técnico brasileiro entenda que, “do ponto de vista humano”, não seja “lógico” atuar no torneio.

“Conversava com o Tite há alguns dias e, como ele já havia manifestado publicamente, comentava sua irritação por ter de jogar a Copa América no Brasil. Não fazia parte de seus planos, nem de seus jogadores. Não estiveram nem estão de acordo com a decisão, mas me ofereceu uma explicação muito sensível: ‘Vamos respeitar a camisa, vamos respeitar o sonho de jogar pela Seleção. Mas, do ponto de vista humano, não é lógico jogar essa Copa América’. E ele me disse isso com pesar, com genuína angústia”, escreveu Crespo, em artigo assinado no jornal argentino La Nación.

Além disso, Crespo viu uma espécie de incoerência porque há várias correntes políticas e diversos protocolos sanitários aplicados no país. O estadual de São Paulo, por exemplo, ficou parado por um mês enquanto que em outros lugares sequer parou, lembrou o técnico do São Paulo.

“Comovido diante de uma realidade dramática para tanta gente neste país, provavelmente o mais afetado pela pandemia na região. Essa nação é imensa e está dividida por diferentes correntes políticas, por diferentes análises sanitárias. Por exemplo, enquanto os torneios estaduais seguiram em muitos lugares, em São Paulo paramos por quase um mês”, explicou o treinador do São Paulo.