Bicicleta de Calleri resolve jogo complicado para São Paulo em Diadema

Foi no sofrimento uma vez mais, mas o ditado de que ‘toca no Calleri que é gol’ funcionou de novo na reta final da partida. Uma bicicleta maravilhosa para desviar o cruzamento de Reinaldo e dar a vitória do São Paulo por 2 a 1, já nos acréscimos, contra um bravo time do Água Santa pela rodada nove do Paulistão.

Jornalista roga praga sobre São Paulo de Rogério Ceni em 2022

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Com os três pontos, o Tricolor assume a liderança do grupo B e atinge maior série sem derrotas desde outubro. Rogério Ceni, no entanto, tem questões a resolver no time.

São Paulo poupa jogadores, mas demonstra futebol interessante no primeiro tempo

Com as mudanças promovidas por Rogério Ceni, o Tricolor foi a campo num 4-4-2, com Juan e Eder mais adiantados e a dupla Rigoni e Igor Gomes abertos.

A movimentação são-paulina no ataque passou a melhorar a partir dos 20 minutos, quando Pablo Maia passou a ser aproximar mais de Rodrigo Nestor e, automaticamente, do ataque. O Tricolor passou a buscar bastante o lado esquerdo com Reinaldo e gerou, assim, pelo menos uma chance de gol.

Até que surgiu o lance do pênalti. Bola trabalhada pela direita, infiltração de Juan na área e a finalização firme. Victor Souza salvou, mas no rebote, o lateral Alex Silva puxou a camisa do atacante são-paulino na área. Luiz Flávio de Oliveira marcou a penalidade.

Com tranquilidade, Reinaldo bateu de chapa no canto direito alto do goleiro para abrir o placar. Eram cinco meses sem marcar para o lateral-esquerdo. Placar parcial de 1 a 0.

Mas no final do primeiro tempo, veio o empate do Água Santa. Jogada trabalhada pela esquerda, cruzamento na área. Fernandinho escorou de cabeça e Alex Silva, no segundo pau, bateu cruzado para empatar o jogo. 1 a 1.

Eram 378 minutos sem o São Paulo ser vazado na temporada – desde o gol de pênalti de Lucca, na vitória de virada contra a Ponte Preta. Foi, também, apenas o segundo gol nos últimos seis jogos disputados.

Cera do Água Santa e golaço de Calleri marcam vitória do São Paulo

Na etapa final, o Água Santa passou a incomodar com a marcação mais adiantada. Em dois lances, quase veio a virada dentro dos 10 minutos. A finalização de Álvaro que passou rente ao travessão e a de Fernandinho, que raspou o poste direito, foram jogadas perigosas.

Com início de etapa final abaixo do esperado, Rogério Ceni mudou quatro vezes ao mesmo tempo aos 15 minutos. As mudanças não surtiram tanto efeito quanto esperado, mesmo após a expulsão de Fernandinho por dois cartões amarelos.

O Netuno se mostrava confortável para marcar no próprio campo e não sofria tanta pressão assim. Conduzia o time a jogar pelos lados e tumultuava a entrada da área.

Andrés Colorado estreou na vaga de Pablo Maia, que já estava pendurado com cartão amarelo, e deu seus primeiros toques na bola pelo Tricolor. Só que o jogo se arrastava para o final com mais um melancólico empate.

Até que uma tabela bem feita pela esquerda, Reinaldo foi para o fundo, cruzou na área e Calleri, de bicicleta, mandou no fundo das redes. 2 a 1.

Terceiro gol de Calleri em dois confrontos diante do Água Santa. E um golaço que o mantém como o artilheiro isolado do time na temporada, com quatro gols.

Ainda deu tempo de Hélder ser expulso no final por confusão com Luciano no círculo central do gramado. Vitória que coloca o Tricolor, enfim, como líder do grupo B da competição em 2022, com 14 pontos.

Vitória que dá moral para o São Paulo ampliar para seis a série de jogos sem derrotas na temporada. E um ambiente ainda melhor para enfrentar os rivais, Corinthians e Palmeiras.

Água Santa 1 x 2 São Paulo: Estádio Distrito do Inamar

Água Santa: Victor Souza; Alex Silva (Leandro Silva), Marcondes, Helder Maciel e Ruan; Cristiano (Lelê); Caíque, Rodrigo Sam, Fernandinho e Dadá Belmonte; Álvaro (Alyson). Téc.: Sérgio Guedes

São Paulo: Jandrei; João Moreira, Arboleda, Miranda e Reinaldo; Pablo Maia (Andrés Colorado), Rodrigo Nestor, Rigoni (Rigoni) e Igor Gomes (Marquinhos); Juan (Gabriel Sara) e Eder (Calleri). Téc.: Rogério Ceni