OPINIÃO – São Paulo versão 2023: Dá pra ser otimista?

Por Ligia Oliveira*

Uma nova temporada à vista e os mesmos dilemas em mente no São Paulo: usar o Paulistão como pré-temporada ou focar no título? Traçar estratégias com as peças que têm (e chegaram) ou ir em busca de novas opções? Mais um ano de DM cheia?

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A realidade do torcedor do São Paulo é sempre rodeada de dúvidas e incertezas, e dessa vez não é diferente. Após o insucesso de um desejável bicampeonato paulista na temporada 2022, com uma considerável vantagem no placar contra o Palmeiras, criada no Morumbi, o banho de água frio foi enorme no torcedor tricolor ao se deparar com o apagão do time no jogo de volta. Levando um chocolate de 4 x 0 no Allianz e vendo escapar de suas mãos mais uma taça e a oportunidade de iniciar o Brasileirão com confiança.

E em meio a uma temporada ruim, principalmente por desperdiçar pontos dentro de sua própria casa, o time se viu abraçado com aquilo que o restou – as copas -, e perdeu uma a uma (com destaque à derrota vexatória da Sul-Americana), outro ano se encerrou com mais perdas do que ganhos.

São Paulo mexe no elenco para ter ano diferente

E por falar em perdas, peças importantes – algumas apenas para o Rogério – deixaram o clube, como Miranda, Reinaldo, Éder, Igor Gomes e Nikão. Também tivemos as chegadas de Pedrinho, Rafael e Welington Rato, mas tendo em vista como nossos jogadores foram trabalhados no último ano, entre improvisações desnecessárias, insistência em quem não rende e alguns esquecidos no churrasco, questionar se os investimentos feitos – e talvez futuros – darão certo ou mais uma vez jogaremos dinheiro pelo ralo não é ser pessimista.

Assim como também não é pessimismo ter receio de como a saúde física dos jogadores estará durante o próximo ano, já que o nosso 2022 foi sobrecarregado por lesões, estiramentos e cirurgias, o que não é novidade nem surpresa, mas que interfere diretamente nos projetos de orçamento limitado.

Com todos esses dilemas apontados, inalcançáveis ao torcedor, o que resta é fazer aquilo que há tempos faz: lotar o Morumbi e torcer por um ano vencedor.