Fabio Dias
Por Fábio Dias
Nem sempre o futebol é explicado pela questão tática, mas o São Paulo tem uma escolha importante a fazer se quiser sair vivo do Maracanã na decisão da Copa do Brasil. Mas o jogo de xadrez que se desenha para os dois jogos contra o Flamengo passa por uma escolha tática.
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De ter as três principais estrelas da companhia em condições de jogo em campo, como titulares: Luciano, Lucas Moura e Calleri. Ou de optar por um time mais equilibrado com dois deles, no máximo. James ficou fora da equação porque ainda busca encontrar o seu melhor nível físico e naturalmente começará o jogo no banco.
O “jogo-teste” do São Paulo contra o Internacional foi mais um que pesou contra quem acha que todos os bons jogadores cabem no Tricolor neste momento. A questão técnica é importante, mas o time não está preparado para isso. Até porque Dorival está tentando “acomodar” todos os destaques técnicos sem se preocupar muito em quem vai marcar. E a estratégia é usada dentro e fora de casa.
Falta profundidade por um dos lados quando Lucas e Luciano estão juntos e o time se divide entre quem marca (Alisson, Pablo Maia/Gabi Neves e quem atua por um dos lados) e quem joga (Luciano, Calleri e Lucas).
Melhores jogos recentes do São Paulo tinham Lucas ou Luciano
Os dois melhores jogos do São Paulo desde a chegada de Lucas são exemplos disso. Contra o Corinthians, no melhor jogo de todos neste recorte, teve o camisa 7 solto para jogar por dentro e comandar as ações (Luciano estava suspenso por cartão amarelo). Ao lado dele, Wellington Rato e Rodrigo Nestor foram os meias.
E também contra o San Lorenzo, na remontada da Copa Sul-Americana. Lucas não estava inscrito na competição ainda. Luciano jogou solto como meia ao lado de novo de Nestor e Rato. E novamente o time teve muito volume ofensivo.
Contra a LDU, Luciano e Lucas foram titulares no jogo do Morumbi e o time sofreu para criar chances porque afunilou muito as jogadas. É o estilo de Dorival Junior, mas que fica bastante previsível, principalmente jogando fora de casa.
Ainda em junho, quando eliminou o Palmeiras no Allianz Parque, na Copa do Brasil, o Tricolor explorou bastante as jogadas de velocidade pelos lados e saiu vitorioso de campo, em um time que teve Caio Paulista como destaque.
Claro que os detalhes compõem duas finais de alto nível. Mas começar o jogo com Lucas, Luciano e Calleri, todo mundo junto, logo de cara, seria ceder muito espaço para um Flamengo que, por mais que esteja bastante bagunçado, ainda tem muita técnica e pode resolver a partida na individualidade.
Para ter a chance de ser campeão da Copa do Brasil, no Morumbi, o Tricolor não pode trazer uma desvantagem muito grande. E para isso terá que competir muito.
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