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OPINIÃO – São Paulo em apuros: Em pleno 2022, precisamos falar sobre presidência

O presidente do São Paulo, Julio Casares, afirmou que o clube procura marcas no mercado para ocupar o espaço de patrocínio máster. (Foto: Reprodução/Canal do Nicola)
O presidente do São Paulo, Julio Casares, afirmou que o clube procura marcas no mercado para ocupar o espaço de patrocínio máster. (Foto: Reprodução/Canal do Nicola)

Por Gabriel Caserta*

A cada quatro anos, o povo brasileiro (e de São Paulo) vai às ruas para concretizar um dos direitos mais importantes consagrados em uma democracia: o direito do voto. Das idas e vindas dos 30 anos de democracia, o ano de 2022 foi o mais chamativo de todos os tempos. Entretanto, para os são paulinos, não foi o chefe do executivo da nação que tomou palco nas discussões de bares, de amigos e entre os torcedores, mas sim, o presidente do clube: Julio Casares.

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Julio, advogado, publicitário, radialista, trabalhou diversos anos na TV antes de se aventurar no futebol. Mas ao que me parece, a publicidade não saiu de seu ser, agindo mais como um garoto propaganda do que um presidente sério e probo.

Em sua rede social predileta, o Instagram, a figura posta o dia-a-dia no clube, mas só quando lhe convém: em jogos importantes, ocasiões, contratações. Tudo para parecer que faz de tudo para o clube. Recentemente, sua foto com a mais nova contratação do clube, Wellington Rato, foi aos ares antes mesmo da postagem de anúncio oficial do clube. Mas não tem problema, o importante é seu sorriso branco com seus pelos grisalhos para mostrar o bom cidadão de bem que é.

Julio Casares ainda não concluiu promessas de campanha no São Paulo

No período eleitoral, listou diversas promessas para que o clube, das quais diversas não foram concluídas. Alexandre Giesbrecht, em seu twitter (@jogosspfc), no dia 28/10/2021, listou diversas promessas não cumpridas pelo atual presidente. Hoje, passado mais de um ano, essas promessas ainda não foram concluídas.

Das varias presepadas, podemos citar:

1 – equipe profissional – não tem, os conselheiros continuam comandando o clube, inclusive querendo gastar subsídios com sauna;

2 – criação de um programa de compliance. Até agora não se vê. Os torcedores continuam à mercê das barbaridades;

3 – “integração entre Cotia, Barra Funda e Morumbi” – essa é uma piada total, cotia cada vez é mais sucateada, com técnicos, dirigentes cagando para as renovações ou tratamento para com os jovens do clube. Exemplos são as recentes saídas de Luizão, Marquinhos, a provável de Igor Gomes. Todos saindo queimados, mesmo amando profundamente o clube. A proposta, com o intuito de modelar uma mente vencedora no clube, na verdade foi por água abaixo. 2022 foi um dos anos mais patéticos da história do clube, com jogos covardes e vergonhosos. E, por último e não menos importante;

4 – responsabilidade financeira. Essa merece até um parágrafo próprio. O corrente ano iniciou “muito bem”. Rafinha, 36 anos, ganhando um super salário; Jandrei, reserva do reserva do rival, R$200.000 mensais; Nikão, R$5 milhões em luvas, R$800.000, para não jogar nem 6 meses por lesão; Felipe Alves vindo por R$1.000.000, com 37 anos; troca, por empréstimo, entre Patrick e Liziero (uma das promessas do clube), R$40.000.000 em uma aposta, em uma posição que o time não estava carente, pois tem cotia para suprir.

Foram diversas loucuras financeiras realizadas para tentar manter o clube em um patamar alto, mas dentro das quatro linhas, os erros foram os mesmos: trazer jogadores velhos ganhando muito e vendendo promessas a preço de banana. Isso pra nem falar sobre diversas outras promessas que torna a sua gestão mais patética possível. E também, nem pra falar sobre o golpe em ação para as reeleições dos presidentes. E não, esse texto não é uma analogia com a conjuntura atual do país.

É. Não foi um ano fácil. Mas de uma coisa temos certeza, o cargo de “presidente” nos incomoda em qualquer área das nossas vidas. Até no futebol. Os torcedores estão de olho em 2023, e não é um futuro otimista.

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