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OPINIÃO – Versão 2023 do São Paulo vai demorar a ser colocada em prática, mas Luciano não é 10

Luciano jogou de 10, mas São Paulo não funcionou na estreia do Paulistão. (Foto: Twitter do São Paulo)
Luciano jogou de 10, mas São Paulo não funcionou na estreia do Paulistão. (Foto: Twitter do São Paulo)

Por Fábio Dias*

A chegada de reforços e a mudança brusca de ideia do São Paulo para este ano vai fazer o processo que Rogério Ceni tenta liderar demorar um pouquinho para ser colocado em prática. O time quer ser veloz e vertical, mas não vai ter essa condição logo de cara. Principalmente contra adversários que não vão jogar abertos no Morumbi.

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A primeira impressão do São Paulo na temporada 2023 foi razoável. Um time que teve volume (em quantidade) e não foi assertivo (22 chutes, apenas quatro no alvo). Ou seja, um time que se colocou no campo de ataque e apresentou algumas mudanças.

Dois zagueiros firmes (que permitem ao Tricolor jogar instalado no campo de ataque). Arboleda e Ferraresi é uma ótima dupla. Não houve tempo para eles se entrosarem em 22 pela lesão de Arboleda. Então, devem se estabelecer como os titulares.

Ferraresi fez ótimo jogo na estreia do Paulistão. (Foto: Twitter do São Paulo)

Wellington Rato e Pedrinho se revezando pelos lados, com o ex-jogador do Atlético Goianiense mostrando ímpeto para buscar espaços e sem se esconder do jogo. Enquanto o time teve pernas, foi incisivo. Tentou ser.

O primeiro diagnóstico é que o Tricolor versão 2023 vai demorar a aparecer. Por ainda não estar na ponta dos cascos fisicamente, o time vai oscilar de rendimento e terá que se adaptar a este novo estilo. Contra o Ituano, a conclusão foi a de um time que precisou ter paciência com a bola nos pés.

São Paulo teve Luciano de 10, mas armar não é a dele

Mas dos jogadores que já estavam no elenco no ano passado, o que chamou a atenção foi ter Luciano como 10. Tenho minhas dúvidas se isso vai funcionar. A melhor característica de Luciano é a de inverter bola, se aproximar do centroavante e ter a liberdade para infiltrar na área. Funciona melhor com a liberdade para se movimentar. Não com a obrigação de armar o time. Jogar com a camisa 10 vai fazê-lo atrair uma responsabilidade que ele, pelo jeito de jogar, não tem a tendência de saber executar.

Luciano não tem o passe “brilhante” que vai colocar o cara na frente do gol. Não porque não seja um jogador inteligente. Não é a dele. Não é como um Ganso da vida, por exemplo. Um Scarpa. E está tudo bem.

O grande problema é o Rogério Ceni querer definir isso e colocar um ponto final. O que separa os grandes técnicos dos técnicos não tão grandes assim não é a capacidade de inventar a roda. É a forma como ele se adapta ao que o elenco tem e escala o time para ser competitivo. Foi só uma impressão de primeira rodada. Vamos acompanhar para ver se isso vai funcionar ou não.

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