Por Fábio Dias
A ida da final da Copa do Brasil no Maracanã colocará em pauta algo além do que o título de 2023 para São Paulo ou Flamengo. A questão da venda dos ingressos para a partida no Rio de Janeiro me deixou chocado.
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Como que pode um time, qualquer que seja, cobrar R$ 4500 no ingresso mais caro e se autointitular o “Mais Popular” do Brasil? Não se trata de querer que o bilhete seja R$ 2 nem de dizer que futebol é barato.
Não é. O processo de reconstrução do Flamengo desde o mandato do Bandeira de Mello foi fantástico, algo senão único, exemplar. Fez o Rubro-Negro atingir um patamar jamais visto na história do clube, com faturamento de R$ 1 bilhão.
E parte disso leva em consideração uma valorização também também no valor dos ingressos. Claro que existe (ou pelo menos deveria existir) uma política para ajustar o valor dos bilhetes com base na importância do jogo. Mas nenhum jogo vale R$ 4500. Basta ver a realidade do povo brasileiro médio, que precisa lidar com salário mínimo de R$ 1370, ou seja valor 3,4 vezes menor que o bilhete do “Malvadão”. Nunca este apelido fez tanto sentido.
Flamengo tem postura elitista
Aumentar em 100% o valor dos ingressos em comparação com o jogo da semifinal, cujos ingressos já não eram baratos, faz do Flamengo um time que vive não para a sua torcida, mas para encher os bolsos de dinheiro.
Quando na verdade o futebol, na essência, é o contrário disso. É a representação de uma torcida e para quem o time joga. Uma medida elitista e completamente fora de propósito.
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