Por Fábio Dias*
O torcedor do São Paulo ouviu Rogério Ceni reclamar o tempo todo neste ano que está prestes a acabar sobre a “ausência de peças”, mesmo com 30+ jogadores no elenco. Falou de piscina, de planejamento e que faltavam jogadores que pudessem mudar a cara do time. Pois bem.
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A reformulação foi colocada em prática. Entre possibilidades e saídas confirmadas, em torno de 10 jogadores do elenco não estarão em 2023 (Luizão, Léo, Reinaldo, Miranda, Eder, Igor Gomes, Nikão, Thiago Couto, André Anderson e Marcos Guilherme).
Chegaram outros quatro (por enquanto). Rafael é bom goleiro, ainda que não tenha sido titular na carreira. Vai ter de lidar com a pressão que todos os possíveis substitutos de Rogério Ceni lidaram, com a responsabilidade de quebrar essa barreira.
Vi pelo menos 10 jogos do Atlético Goianiense este ano e gostei das atuações de Wellington Rato. É raçudo, não tem medo de arriscar e tem bom porte físico. Pode ser o meia-atacante que chuta de fora da área, que o elenco atual não tinha. Pedrinho e Marcos Paulo são apostas interessantes para um clube que há algum tempo não tem jogadores de velocidade e por isso mesmo têm uma certa carta branca para mostrar o valor.
Méndez e Alan Franco, cotados para chegar nos próximos dias, eu vi pouco. Não tenho condições de avaliar. Mas são opções de um volante de Copa do Mundo e de um zagueiro bem avaliado internamente há pelo menos dois anos. E David, se chegar, estará na cota do técnico, por ter trabalhado com ele e feito um lobby grande para sua contratação.
Rogério Ceni ficará sem desculpas no São Paulo em 2023
Por mais que tenha perdido Léo e esteja prestes a perder Igor Gomes (jogadores muito bem quistos por Rogério Ceni), o M1TO ficará com toda a responsabilidade do que o campo “falar” no ano que vem. O desejo da torcida é que o desempenho seja melhor e o time mais empolgante. A relação em 2022 foi muito mais da torcida puxando o time do que o contrário.
Ceni pediu jogadores de velocidade e podem chegar até três. Quis jogadores mais combativos e os terá. Vai ter opções mais do que suficientes para fazer este time jogar bola a começar pelo Paulistão. Tempo ao tempo, claro, mas o M1TO tirou o escudo que o blindava da frente e estará com um teto de vidro quando a bola voltar a rolar em 15 de janeiro contra o Ituano pelo Estadual.
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