Por Gabriel Caserta*
O primeiro texto que publiquei referiu-se à figura controversa do atual presidente do São Paulo, Júlio Casares. Naquele, de forma breve, teci críticas sobre a maneira que vinha conduzindo o clube, suas mentiras e sua grande forma de se colocar à frente da entidade, como garoto propaganda. Obviamente, ele tem experiência para tal, devido ao seu passado na mídia. E hoje, a ideia do texto se originou graças à ele.
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Mas não de forma negativa.
Queiramos ou não, o presidente gosta de aparecer. Seja em eventos, funerais ou discussões futebolísticas. Mas ele também tenta aparecer para o time. Um dos maiores problemas do tricolor paulista, não só esse ano – mas principalmente – é o limite de estrangeiros que podem ser relacionados por partida. O clube possui oito estrangeiros,sendo eles: Arboleda, Alan Mendes, Ferraresi (zagueiros); Orejuela (lateral); Galoppo, Jhegson Mendez, Gabriel Neves (meio-campistas); Calleri (atacante). Não entraremos neste texto no mérito dos machucados.
Devida a alta quantidade de estrangeiros no time, formando quase um onze inicial completo e, não somente isso, mas também sendo jogadores de extrema qualidade, o técnico sofre não só para escalar os titulares, mas também com as críticas por deixar alguém de fora. Quem mais vem sofrendo é o Gabriel Neves junto com o Galoppo, pois são funções que o time tem para cobrir. Na “zaga”, ninguém supera os estrangeiros, muito menos o “inbancável” Jonathan Calleri.
Cada jogo requisita um time diferente, uma formação diferente, um estilo diferente, seja ofensivo, seja defensivo, mesclado ou com reações que cada adversário irão propor. Assim, os titulares mudam. Se o estrangeiro não se enquadra no estilo que o jogo irá propor, não será relacionado, devido ao limite. Então, entra em cena a diretoria do São Paulo.
São Paulo mostra força nos bastidores
No dia 5 de fevereiro de 2023 foi noticiado que o São Paulo enviou um comunicado à CBF para a ampliação do limite de estrangeiros relacionados por jogo. A ideia inicial era a liberação ilimitada de atletas estrangeiros na relação, mas com a manutenção de cinco em campo. A argumentação baseou-se na valorização do mercado nacional, tanto em competição, quanto financeiramente e, que nas competições intercontinentais e as principais ligas europeias não possuem esse tipo de restrição.
A ideia foi levada à votação e, por unanimidade, os clubes da Série A aprovaram o aumento de cinco para sete relacionados por partida. Para fins de curiosidade, levou-se ao debate o campeonato equatoriano, que mais aceita jogadores de fora do país.
Para finalizar, graças à diretoria do clube paulista, iniciou-se o que pode, futuramente, tirar a restrição por completo, permitindo, enfim, uma imensa leva de jogadores estrangeiros, proporcionando um campeonato mais competitivo. Não só o tricolor paulista, como todos os outros clubes se beneficiarão. O mercado sul-americano inteiro irá. O cenário brasileiro já é o principal no continente, e, ficará ainda mais. Questões sobre o fortalecimento dos brasileiros na Libertadores e Sul-Americana não entrará em debate, pois não temos espaço para isso. Mas o futuro para o futebol brasileiro entra a caminho de uma possível modernização. E graças ao Júlio Casares. Para isso, ele merece uma salva de palmas. Que o São Paulo tenda a continuar forte nos bastidores.
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