Por José Robson*
Hoje o Rogério Ceni vive um dilema, escolher entre: momento dos jogadores ou suas convicções. Recentemente comentei sobre a insistência do treinador do São Paulo com certos jogadores, e isso passa por suas convicções, por entender que estes jogadores se encaixam melhores que outros no time para fazer o futebol da forma que ele gosta.
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Porém desde o começo do Paulistão nomes como Galoppo, Luan, Pedrinho e até Gabriel Neves tem tido bom desempenho, ainda que Ceni insista em dizer que está poupando por conta da volta de lesões, adaptação, ou por renderem apenas no segundo tempo.
E por conta disto, Ceni hoje se vê pressionado pela torcida, pois a bola mostra quem merece as oportunidades. Luan talvez seja o mais desfavorecido nessa briga, pois Jhegson Mendez veio e ocupou a vaga de 1° volante como não se via a anos no São Paulo, com poder defensivo e poder de criação de jogadas rompendo a primeira linha.
Isso se destaca ainda mais quando vemos que Ceni anda usando Pablo Maia e Gabriel Neves na vaga de 2° volante, pois como direi mais a frente, Nestor não vem rendendo a tempos.
Rodrigo Nestor, talvez uma das maiores promessas após Antony, não vem rendendo, mesmo sendo de conhecimento público a qualidade técnica dele. Falta de confiança, desempenhos ruins de forma repetitiva, vaias da torcida e uma insistência pouco saudável, vem causando um efeito ruim para o time do São Paulo e principalmente para o atleta e a pessoa do Rodrigo Nestor.
O momento do atleta é péssimo, mas a insistência se tem pelas convicções de Rogério, que são justificáveis, pois como dito antes, Nestor tem uma qualidade técnica apurada. Entretanto chegamos ao ponto onde Ceni se vê obrigado a usar jogadores em fase melhor na posição, como o caso de Gabriel Neves que voltou de lesão, e vem dando solidez defensiva e ainda ajuda Mendez na criação, mesmo que não com a mesma intensidade, mas com uma consistência maior. Importante lembrar que Gabriel Neves quando foi contratado na Era Crespo veio para a vaga de 2° volante, posição na época ocupada por Igor Liziero, mas como Ceni o atleta foi usado apenas como primeiro volante.
Já no ataque temos Galoppo e Pedrinho que brigam com Luciano (Galoppo) e David (Pedrinho), porém o engraçado é que David está fora, e Galoppo está ocupando a vaga dele, ao invés de Pedrinho, substituto natural na ponta. Algo engraçado, mas que mostra uma mudança causada por vários fatores, e o principal é o momento.
Ceni anda abrindo mão de suas convicções, abrindo mão do ponta de força e/ou velocidade (caso do Pedrinho) para utilizar mais um meia, para ganhar força na criação, que vinha sendo calcanhar de Aquiles do clube a tempos. A fase do Galoppo força isso, pois não se pode descartar um atleta com 6 gols em 7 jogos, e com isso o Pedrinho vem sendo preterido.
Rogério Ceni demonstra mais maturidade no São Paulo
As convicções existem ainda, mas é inegável a maturidade que o técnico Rogério Ceni vem adquirindo, pois para abrir mão de suas convicções táticas e com jogadores, só tendo grande maturidade e confiança no seu trabalho, para melhorar e potencializar outros atletas.
O teimoso Rogério Ceni vem evoluindo, o São Paulo vem evoluindo, o torcedor vai se acalmando, a fase vai mudando o pensamento do técnico e dos torcedores que deixam de criticar e voltam a torcer e apoiar. As convicções vão dando lugar a fase, porém não podem ser esquecidas, pois aquele que não tem suas convicções não pode ter um cargo importante num clube importante do país.
O São Paulino precisa ter a convicção de que o São Paulo voltou, e não aceitar apenas fases boas.
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