O São Paulo vai ter um aumento na dívida corrente e ampliar seu buraco financeiro em 2021. O clube vai fechar o ano muito próximo dos R$ 700 milhões em dívidas, fator que explica porque o time está tão encalacrado e com dificuldade para realizar grandes contratações.
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O presidente do São Paulo, Julio Casares, explicou porque a dívida aumentou tanto durante o seu primeiro ano de mandato. Em entrevista ao canal Arnaldo e Tironi, ele disse que o primeiro semestre foi de superávit, mas que o segundo será deficitário, porque houve não só rescisões contratuais de jogadores como Daniel Alves, Juanfran e Hernanes, como também dívidas de curtíssimo prazo que precisaram ser pagas.
“Assim como nós publicamos no nosso portal de transparência, o primeiro semestre, que deu superávit, vamos publicar o segundo semestre, que vai ser deficitário. Porque aumentou dívidas? Porque quando você assume contratos e rescisões de atletas… Vamos recordar. Tivemos que fazer rescisão do Daniel Alves, Juanfran, Hernanes, entre outros. Contratos muito bem amarrados, questões bilaterais. Com multa, gatilho, etc. As rescisões que são feitas, caem dentro do exercício como forma de despesa, além de contratos. Eu vejo às o torcedor na emoção: ‘vamos fazer uma limpa, manda esse jogador para lá’. Ele tem contrato. Quando eu rescindo, eu trago para o presente a despesa. E também a despesa de operação financeira. Ninguém faz milagre com dinheiro que chegue para pagar R$ 82 milhões de dívida de curtíssimo prazo. Com processo da FIFA, que o São Paulo poderia ter perdas irreparáveis. Então tudo isso estava previsto”, disse Julio Casares durante entrevista ao canal Arnaldo e Tironi.
São Paulo fez acordos para rescindir contratos, diz presidente
Casares também faz uma análise a respeito dos ajustes que foram necessários durante seu projeto de equalização financeira do clube. O presidente do São Paulo afirmou que o orçamento da gestão passada, do Leco, previa vendas de atletas de R$ 176 milhões, mas que a janela não foi tão favorável como o previsto.
“E está previsto também um orçamento que será apresentado amanhã, com a votação eletrônica, o nosso primeiro orçamento que nós estamos fazendo. Esse orçamento do passado previa a venda de R$ 176 milhões de atletas. Vamos bater coisa próxima de R$ 110 milhões de vendas. O que foi maravilhoso porque o mercado não foi comprador em razão da pandemia. As transferências não ocorreram. Entretanto os jogadores com os quais renovamos, ativos importantes, estarão na prateleira para que o orçamento em 2022 seja cumprido. O São Paulo tem essa discrepância. Isso é importante explicar. Você realiza uma rescisão tal qual a do Daniel Alves, que iria custar R$ 50 e poucos milhões e vai custar, num acordo de cinco anos, R$ 25 milhões. Mas você traz para o presente essas rescisões o Hernanes, um grande profissional, o Juanfran. Entre outros. Jogadores que nós conseguimos, através de negociar, estar em outros clube, rescindindo com o São Paulo. Então este resultado deste ano é um espelho dessas ações. E as despesas acontecem, porque você rescinde você também tem que pagar na frente alguma coisa. Ou você paga o salário até o fim mês a mês ou você diminui este saldo no presente para que o jogador saia. Então tudo isso é uma movimentação contábil e que as pessoas mais próximas podem observar. E claro, quando o torcedor pede para tirar, manda embora, ele tem contrato. Essa possibilidade não existe se você não fizer algo extremamente importante de pagamento desse contrato”, afirmou Julio Casares.
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