No futebol brasileiro, até mesmo entre rivais, existem acordos que são assinados para trazerem vantagens aos envolvidos, dando muito certo quando agradam ambas as partes. Porém, nem sempre tudo agrada 100%, tanto que, em vários casos, mudanças de última hora acabam gerando muita polêmica.
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Entre Palmeiras e São Paulo, por exemplo, uma situação ocorreu recentemente: a equipe comandada por Abel Ferreira fará o clássico contra o Santos neste sábado (4), no Morumbi, pelo Campeonato Paulista, pelo fato de sua arena estar alugada para a realização de um Carnaval corporativo.
Aproveitando esse “sim” ao rival, o Tricolor surpreendeu os palmeirenses e não só aceitaram ceder o Morumbi, como propuseram um acordo para usar o Allianz Parque quando seu estádio estiver impossibilitado de receber partidas, conforme publicou o LANCE!.
Conselheiros do Palmeiras querem ‘destruir’ acordo com o São Paulo:
No entanto, vários conselheiros do clube alviverde, após reunião do órgão na quinta-feira (2), estão revoltados e redigiram uma ata entregue à presidente Leila Pereira exigindo a suspensão imediata do acordo para que o Soberano use o Allianz Parque. O pedido é tão sério que os envolvidos ameaçam entrar na Justiça para suspender qualquer jogo do Tricolor no Allianz Parque sob o pretexto de ‘risco máximo de segurança’.
“Entendemos que jogar no estádio do Morumbi não é um problema. A seguir, vamos destacar os motivos pelos quais há enorme diferença entre jogar lá e recebê-los aqui. Não custa lembrar que bem recentemente, no dia 23/08/2020, o Palmeiras enfrentou o Santos no Morumbi, sem que houvesse nenhuma reciprocidade. Pagamos o aluguel e pronto”, diz um trecho da solicitação.
“Há riscos claro de segurança. Isso porque o Morumbi no passado era utilizado pelos rivais do São Paulo para mandar seus jogos grandes. E o estádio do tricolor (sic) tem ruas mais largas, enquanto o Allianz Parque tem seu entorno recheado de lojas do Palmeiras e sedes de torcidas organizadas, algo que poderia gerar conflitos em dia de jogo. Além disso, as entradas de nossa parte social ficam próximas ao estádio”, completa o texto.
“Ao longo da história, foram diversas as ocasiões em que o São Paulo Futebol Clube atentou contra o Palmeiras, inclusive nossa casa. Foi assim em 1942 , quando articulou a tomada do nosso patrimônio. Em 1994 , o rival esburacou o próprio gramado para que não pudéssemos jogar lá em uma partida cujo mando era determinado pela Federação Paulista. Em 2005, pelas oitavas de final da Libertadores, o clube da Vila Sônia tentou impedir que jogássemos a partida com mando do Palmeiras em nosso estádio, obrigando a PM a fechar quase um terço das arquibancadas. Em 2014, após tumultuar as negociações de renovação de um jogador com o Palmeiras, o então presidente do São Paulo apareceu comendo bananas e ridicularizando nossa instituição, a quem dizia estar se ‘apequenando'”, incluíram na ata.
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