As partidas do São Paulo nos últimos tempos têm servido apenas para irritar o seu torcedor. O time até começou bem, abriu o placar com Patrick e competiu muito. Porém, sofreu uma virada vergonhosa no intervalo de cinco minutos. Placar final de 2 a 1 para o rival e líder do campeonato.
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Agora, a 10 pontos do Palmeiras, o Brasileirão do São Paulo passa a ser mesmo de busca por Libertadores. Mas mesmo ela vai ser difícil de alcançar a cada vez que o time sai na frente e cede o resultado.
Primeiro tempo de disputa e São Paulo sai na frente de novo
A escalação de Rogério Ceni foi surpreendente porque ele abdicou de ter dois atacantes para rechear o centro do campo. Sem Luciano, o Tricolor foi mais combativo. O time desarmou tanto quanto o rival no primeiro tempo: seis vezes.
Se não foi um primeiro tempo de tantas chances claras assim para o São Paulo, foi de muita busca pelo lado esquerdo. Com Patrick e Reinaldo. Mais Rodrigo Nestor chegando à frente para criar por dentro. Era um 3-1-4-2, com Patrick chegando próximo a Calleri para não deixá-lo isolado. No momento defensivo, um 5-4-1.
Mas o time foi incisivo. E abriu o placar aos 17 minutos, com Patrick escorando o corner cobrado por Rodrigo Nestor no segundo pau. O segundo gol importante do camisa 88 no Morumbi.
Mas o Tricolor cedeu muito espaço pelo meio, na medida em que Gabriel Neves acompanhava Gustavo Scarpa para tirar os espaços dele. O Palmeiras criou pelo menos duas chances claras para empatar o jogo.
Em uma delas, Arboleda salvou a pátria depois de Reinaldo cortar mal e ver Scarpa finalizar aos 35. Em outra, dois minutos antes, foi Igor Gomes quem evitou o gol de Gabriel Menino.
São Paulo morre no segundo tempo, cede campo, bola e dois gols bizarros
A etapa final foi totalmente diferente. Se no primeiro tempo, o São Paulo pelo menos quis jogar, no segundo preferiu ceder campo, bola e lutar no próprio campo para segurar o resultado. Ficou atrás. Muito atrás. Um recuo de fazer inveja a Simeone e Mourinho.
Como pode um time que não tem velocidade para contra-atacar jogar a 60 metros do gol adversário? Pois é. Assim foi por 45 minutos. Ou 53, com os acréscimos generosos do árbitro.
O Palmeiras se sentiu convidado a atacar. E foi fazendo mudanças que empurraram o time para frente. Tanto que terminou com Gustavo Scarpa de lateral e quatro atacantes. Uma linha de cinco atacando a linha de cinco do São Paulo.
E as chances, que até os 25 minutos não tinham saído, começaram a surgir. A conta-gotas. Com Breno Lopes acertando o travessão após cruzamento de Mayke aos 28. Com Jandrei salvando um chute perigoso de Danilo, aos 38. Com o goleiro são-paulino mandando para escanteio uma bola que sairia no chute de Wesley, aos 43. E no minuto seguinte, o gol de Gustavo Gómez, após Scarpa cruzar de direita e Miranda dormir no ponto.
O camisa 22 entrou na vaga de Reinaldo para ganhar tempo. E entrou muito desligado. Foi nas costas dele o gol de Gómez. E foi em cima dele que Murilo aparou o cruzamento da esquerda para virar o jogo cinco minutos depois. E assim o campeonato do Tricolor acabou em 2022. Com 10 pontos de desvantagem, não dá para um time irregular como este buscar alguma coisa.
São Paulo 1 x 2 Palmeiras: Morumbi
São Paulo: Jandrei; Igor Vinícius (Rafinha), Diego Costa, Arboleda, Léo e Reinaldo (Miranda); Gabriel Neves (Pablo Maia), Rodrigo Nestor (Rigoni), Igor Gomes e Patrick; Calleri (Eder). Téc.: Rogério Ceni
Palmeiras: Weverton; Gustavo Gómez, Luan (Mayke), Murilo e Piquerez (Wesley); Danilo (Atuesta) e Gabriel Menino; Dudu, Gustavo Scarpa e Gabriel Veron (Breno Lopes); Rony (Rafael Navarro). Téc.: Victor Castanheira
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