No Allianz Parque, o São Paulo fez talvez a sua pior partida no ano contra o Palmeiras. Sem competir. Sem ser o time que chegou à final do Paulistão e também sem ter o espírito coletivo que ajudou a equipe a construir a vantagem no jogo da ida. Foi engolido. E viu o Alviverde enfiar 4 a 0 na decisão do campeonato. Foi um passeio.
São Paulo está escalado para defender título paulista contra Palmeiras no Allianz Parque
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Coletivamente, não houve disputa. Foi um cenário controlado pelo Palmeiras desde os primeiros movimentos, muito pela forma como o time mais experiente e mais talhado para partidas como esta entrou em campo. Com a faca entre os dentes. Só deu Alviverde no jogo.
São Paulo não foi miragem do jogo de ida e foi facilmente envolvido pelo Palmeiras
O VAR quis aparecer na partida logo de cara no Allianz Parque. Aos 14 minutos, após cruzamento da direita na área, Danilo chutou e Eder bloqueou a bola com o corpo. O árbitro de vídeo chamou o árbitro Raphael Claus para observar o lance e ver que o atacante do Tricolor estava com o braço (que desvia a bola) à frente do corpo. Nada a marcar.
Mas a verdade é que o São Paulo sentiu a pressão. Não conseguia colocar a bola no chão para sair jogando e sucumbiu a um Palmeiras mais ligado, mais intenso e a fim de jogo diante de seu torcedor. Aos 18, Jandrei interveio duas vezes para salvar o Tricolor em bombardeio que indicava o que estaria para acontecer.
Aos 21 minutos, não teve jeito. Escanteio curto na direita, Scarpa cruzou na área e Danilo, após desvio, cabeceou no canto direito. 1 a 0 Palmeiras. Resultado justo por tudo o que o time de Abel Ferreira fazia até então. O próprio meio-campista foi a novidade no time que entrou em campo com energia totalmente diferente da que foi vista no Morumbi no meio de semana.
Seis minutos depois, o resultado agregado ficou igual. Isso porque de novo após cruzamento da direita, desta vez de Dudu, Zé Rafael bateu cruzado. A bola foi na trave e na rede. 2 a 0.
O São Paulo só sairia de trás depois de ver a vantagem se diluir. Welington com muita dificuldade e sem apoio para se defender das investidas de Dudu. Sofrimento porque os jogadores de meio-campo tiveram problemas para sair de trás. E nem de longe lembraram os jogadores que atuaram no Morumbi. Só depois dos 30 quis sair. Mas o sofrimento vigorou até o intervalo.
Baile de Dudu seguiu e São Paulo não reagiu
Rogério Ceni fez a alteração mais conservadora: tirou Welington para colocar Arboleda na defesa. Só que o coletivo são-paulino estava muito mal. Basta ver o que Dudu fez com Diego Costa na origem do terceiro gol. Jogada individual do homem do jogo, que entortou o zagueiro e cruzou para Raphael Veiga marcar. 3 a 0.
O São Paulo, que já não sabia o que fazer sem bola, foi convidado a ficar com ela por boa parte do segundo tempo. Atraído, o Tricolor precisava do gol. Só que estava moralmente bem abalado e o único jogador que parecia estar tentando alguma coisa foi Calleri.
As opções de banco nem fizeram tanta diferença no jogo, até porque o São Paulo já estava desnorteado. E ainda deu tempo de Igor Gomes, pressionado, ser desarmado no ataque e Gabriel Veron servir Raphael Veiga para marcar o segundo dele no jogo. O quarto do Palmeiras.
Goleada para acabar com o campeonato. Vitória do Palmeiras para dar mais um título para Abel Ferreira em sua passagem pelo clube.
Palmeiras 4 x 0 São Paulo: Allianz Parque
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez (Jorge); Danilo e Zé Rafael; Dudu (Mayke), Raphael Veiga e Gustavo Scarpa (Wesley); Rony (Gabriel Veron). Téc,: Abel Ferreira
São Paulo: Jandrei; Rafinha, Diego Costa, Léo e Welington (Arboleda); Pablo Maia, Rodrigo Nestor (Nikão), Igor Gomes e Alisson (Patrick); Eder (Luciano) e Calleri. Téc.: Rogério Ceni
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