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Liga para Brasileirão tem promessa de R$ 3 bilhões em aportes e direitos centralizados

Liga para Brasileirão prevê aportes de R$ 3 bilhões a serem divididos entre os clubes. (Foto: Twitter do São Paulo)

Dirigentes do 40 times das séries A e B do Brasileirão se reuniram ontem (28) em São Paulo e avançaram no projeto de criação de uma liga para o Brasileirão a partir de 2022. Três propostas foram apresentadas por grupos com interesse em participar da operação da liga de clubes.

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De acordo com reportagem do GE, os grupos interessados são liderados por Flavio Zveiter e Ricardo Fort; outro da consultoria KPMG e mais um da Livermode. No geral, os projetos têm finalidades parecidas, mas diferem nas estruturas.

Foco dos projetos é ampliar receitas do Brasileirão

Além disso, de acordo com a matéria, os projetos preveem captação de bilhões de reais para refinanciar dívidas dos clubes, reconfigurar o Brasileirão das séries A e B e criar novas receitas.

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Todos eles, no entanto, concordam que o futebol brasileiro está endividado em demais e subdimensionado nas receitas. Por isso, a busca é por um faturamento muito maior que o atual. Portanto, projeta-se a centralização dos direitos comerciais e de transmissão para multiplicar as receitas.

Valores captados para Brasileirão poderiam chegar a R$ 3 bilhões

Valores foram apresentados para os dirigentes do clubes. No projeto apresentado por Flavio Zveiter, estima-se a possibilidade de captar US$ 750 milhões para a liga (cerca de R$ 3,7 bilhões na cotação atual). Já a KPMG entende que a possibilidade de captação entre R$ 1,5 bilhão e R$ 3 bilhões.

Os projetos partem da premissa de criar uma S/A em que os fundos se tornariam sócios da liga e recuperariam, no longo prazo, não só o investimento mas teriam lucro. Para os clubes, por outro lado, a vantagem seria a de receber os valores imediatamente para quitar dívidas.

Distribuição dos valores do Brasileirão

Para a KPMG, o dinheiro é um tema para ser tratado depois. Já para o grupo formado por Flavio Zveiter, algumas projeções são possíveis, mas as decisões passam pelos cartolas que aderirem à liga posteriormente. Neste caso, com a captação inicial, 81,5% do dinheiro seria distribuído para os times da Série A e 18,5% para os times da Série B do Brasileirão.

Em seguida, os valores de receitas operacionais teriam a seguinte distribuição: 50% igual para todos os times e 50% de acordo com a posição na tabela para TV aberta e fechada; 70% conforme a quantidade de assinantes e 30% iguais para todos os times no pay-per-view; 40% iguais, 30% condicionados à tabela de classificação final e 30% de acordo com a “fama” de cada clube (a ser medida por pesquisa) nos direitos internacionais.

Os projetos são extensos e visam a melhoria das condições de disputa e de arrecadação dos times para que todos ganhem muito mais do que acontece hoje. As discussões também passam pela revisão do calendário (com a disputa dos jogos do Brasileirão aos finais de semana e copas no meio de semana) e até de quantidade de rebaixamentos (passando de quatro para três).