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“Daniel Alves não era impagável, mas questão de escolha”, diz ex-executivo do São Paulo

Daniel Alves encerrou sua passagem pelo São Paulo de forma melancólica. (Foto: Twitter do São Paulo)
Daniel Alves encerrou sua passagem pelo São Paulo de forma melancólica. (Foto: Twitter do São Paulo)

A questão de Daniel Alves no São Paulo não foi totalmente fechada. Após a saída do atleta, por rescisão contratual, e a decisão do lateral-direito de não fechar contrato com nenhuma equipe até o final da temporada, foi a vez de Alexandre Pássaro dar a sua versão sobre o assunto.

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O então executivo de futebol do São Paulo afirmou que a forma como o negócio foi conduzido poderia ter sido levado de outra forma. Na época, em agosto de 2019, quando Daniel Alves foi contratado, Pássaro afirmou que a negociação foi unânime entre os dirigentes, incluindo o atual presidente Julio Casares.

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“Falando de trás para frente: a contração foi unanimidade entre todos. Inclusive entre o atual presidente do São Paulo, o Julio Casares, que à época era do conselho de administração do clube, que aprovava contas, e não reprovou o contrato”, disse Alexandre Pássaro durante o podcast “Rolou o Melão”, da ESPN Brasil.

De acordo com o atual dirigente do Vasco, o São Paulo decidiu investir o dinheiro que cobriria a dívida com Daniel Alves. Por isso, para Pássaro, a dívida com o atleta não era impagável. Mas sim questão de escolha da diretoria.

“Vamos pegar, por exemplo, o Orejuela no São Paulo. Ali no começo do ano, quando a dívida estava entre R$ 10 ou 12 [milhões] e que o São Paulo não pagou o Daniel Alves, ele pagou à vista no Orejuela R$ 13 milhões. Você assina um contrato de cinco anos, com um salário médio de R$ 450 mil. Então estamos falando a grosso modo de R$ 30 milhões, mais os R$ 13 milhões, mais comissão, deu R$ 50 milhões. E o custo do Daniel, se não me engano, era em torno de R$ 60 ou 65 milhões. Então foi uma questão de escolha”, disse Pássaro.

Com a saída de Daniel Alves, o São Paulo terá que arcar com uma dívida de R$ 18 milhões. Neste sentido, a negociação é só mais uma problema a ser administrado para um clube que tem mais de R$ 600 milhões de dívida.